Frango vivo perde preço em São Paulo e Minas Gerais
O frango vivo que está sendo abatido nesta segunda-feira, 11, no interior paulista, foi negociado no último sábado por R$3,25/kg, valor 1,5% menor que o praticado na semana anterior ou um, dois, três até quatro meses antes.
Em outras palavras, após 143 dias de preço estável em R$3,30/kg, na sexta-feira (8) ocorreu uma baixa de cinco centavos, movimento que fez o produto de São Paulo retroceder ao preço de meados de março passado e que, por isso, corresponde aos menores valores nominais dos últimos oito meses.
Situação pior, porém, envolveu o frango vivo mineiro, que abrira a semana ao mesmo valor do produto paulista (R$3,30/kg). Ali, também na sexta, 8, a queda foi de 10 centavos, com o que a cotação local se encontra agora em R$3,20/kg.
Analisados os efeitos em uma e outra praça , constata-se que, a despeito dessa queda, inesperada para a época do mês, o frango vivo de São Paulo ainda alcança valor 8,33% superior ao de um ano atrás, o que não ocorre com o produto de Minas Gerais, cuja cotação é exatamente igual à registrada em idêntico momento de novembro de 2018.
Já em comparação ao que foi registrado três anos atrás (9 de novembro de 2016), as perdas atingem as duas partes. Pois ainda que o resultado atual obtido pelo frango vivo paulista esteja positivo em quase 5%, não cobre a inflação acumulada nos últimos três anos. De toda forma, a situação do frango vivo mineiro é pior, pois seu preço é, hoje, 3% inferior ao registrado em novembro de 2016.
Como foi dito acima, considerada a época do mês tais quedas são inesperadas, pois este é o momento em que as vendas estão mais fortalecidas. Mais: tais quedas são motivo de perplexidade frente aos preços do frango abatido, no momento um dos melhores de 2019.
Na realidade, porém, um fato está relacionado ao outro: o frango abatido só está atingindo preços recordes porque os abatedouros estão abatendo menos – um procedimento que implica não só em efetuar menos compras no mercado independente, mas também em deslocar para esse mercado parte do que seria abatido em instalações próprias.
Esse é, enfim, um dos efeitos da produção integrada: atingida a autossuficiência e não ocorrendo absorção total da produção pelo mercado final, o mercado independente de aves vivas se transforma em válvula de escape. Até que haja reversão da situação.