Embargo russo à carne suína tem data para acabar
Não é que o embargo russo, em vigor desde sexta-feira, não preocupe o Brasil. É que as razões para a medida ficaram tão óbvias que a suspensão da compra de carne bovina e suína é tida como algo temporário. Os russos aproveitam o período do ano, de baixa nas compras e estoques em alta, para pressionar o governo brasileiro a liberar a venda de trigo, pescado e picanha bovina. É uma interrupção diferente daquelas do passado.
– É um jogo de cena. Embargaram em época que não costumam importar. É assunto temporário – avalia Carlos Cogo, consultor em agronegócios.
A razão vem dos números. A Rússia precisa importar carne suína de outros países para abastecer seu mercado interno – cerca de 325 mil toneladas por ano. Como mantém restrição, desde 2014, aos Estados Unidos e à União Europeia, tem no Brasil o principal fornecedor. Ou seja, quando a fome bater, será hora de abrir mão da briga comercial.
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