Vírus H7N9 da gripe das aves está a ficar mais perigoso e resistente
ma equipa de cientistas no Japão, China e EUA usou uma amostra de uma pessoa infectada com o vírus da gripe A (H7N9) para estudar uma estirpe altamente patogénica deste vírus. As experiências em laboratório, com tecidos humanos in vitro e com modelos animais, revelaram que esta estirpe está adquirir mutações que a tornam mais resistente aos fármacos. Os investigadores fizeram testes com furões (mamíferos considerados o melhor modelo da doença nos humanos) e concluíram ainda, num artigo publicado esta quinta-feira na revista Cell Host & Microbe, que o H7N9 é transmissível entre estes animais e letal.
Desta vez, não parece ser apenas mais um dos muitos vírus da gripe das aves. Mais um com números no meio das letras H e N – as iniciais de duas proteínas, H de hemaglutinina e N de neuraminidase, importantes para a detecção da infecção – e que já nos confundem com as múltiplas versões que podem ou não infectar humanos. O H7N9 surgiu com uma estratégia diferente desde o início. Silencioso, não provocava qualquer sintoma nas aves. Mas depressa se percebeu que os humanos podiam ser infectados e que esta estirpe atacava de forma inédita, afectando todo o tracto respiratório.
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