Preço do leite pago ao produtor deve recuar nos próximos meses

Publicado em 05/07/2017 11:56
Tendência de queda, segundo a Apil/RS, se deve ao crescimento da produção e redução no consumo

O preço do leite pago ao produtor brasileiro deve sofrer um declínio nos próximos dois ou três meses devido à grande oferta do produto. A expectativa é da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS). Atualmente o litro do leite pode chegar, em média, a R$ 1,35, mas a tendência é de que recue para o patamar de R$ 1,25, para se ajustar ao mercado. O cenário de demanda reprimida que ocorre no país também contribui para esta previsão de queda, assim como a necessidade de se aproximar dos valores praticados no mercado externo.

O presidente da Apil/RS, Wlademir Dall’Bosco, afirma que nos últimos anos, os preços do produto brasileiro ficaram, na média, acima do mercado internacional. Por isso, defende que é preciso se ajustar à realidade deste mercado. No entanto, lembra que um dos entraves é o chamado Custo Brasil que é muito diferente do que ocorre no Uruguai, Argentina, Europa, Nova Zelândia, Austrália ou Canadá. “O nosso custo de produção é muito elevado e acaba impactando na formação do preço final, assim como também dificulta o acesso a novos mercados”, explica.

Dall’Bosco faz uma comparação da tendência de queda nos preços do leite com o que está acontecendo com a inflação no país que deve ficar próxima de 3,9% ao ano, bem abaixo da média esperada de 4,5%. Segundo ele, entre os itens que compõem o índice, a alimentação foi a que mais contribuiu para este recuo, principalmente o leite. “Portanto, temos uma demanda reprimida, uma oferta grande, sobra produto no mercado e a tendência é de baixa nos preços”, salienta.

Com relação à grande oferta de leite, Dall’Bosco informa que a produção vem aumentando a cada semana. “Existem duas razões técnicas para isto. Uma é a abundância de alimento por ser um período de pastagem farta e a outra a programação do produtor, que nessa época do ano faz a parição das vacas para garantir maior produtividade” destaca. 
 

Fonte: AgroEffective

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