Suíno vivo: Preço cai em todas regiões nesta semana
As cotações do suíno vivo tiveram uma semana de baixa. A última bolsa a definir a referência, Minas Gerais, recuou R$ 0,10 terminando cotado a R$ 4,20/kg, no mercado independente.
Na visão do presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), Lozivanio Luis de Lorenzi, o período de final de mês, aliado o sentimento de incerteza que tomou conta do país na última semana, colaboraram com o cenário baixista. “O prejuízo para o setor é grande, principalmente para os independentes, que já tiveram de arcar com os altos custos de produção no ano passado."
O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, queda em seis das oito praças pesquisadas. O maior recuo ocorreu no Mato Grosso, que perdeu R$ 0,17 terminando cotado a R$ 3,33/kg. (Confira o gráfico).
No atacado os preços da carne suína estão em alta no atacado. As temperaturas mais amenas elevaram a procura pela proteína, e alguns cortes chegaram à valorização 30% no mês.
Mas, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), "essa intensidade, porém, não tem sido observada para os preços da carcaça e do animal vivo."
Integração
Na semana passada as empresas Aurora, BRF e Pamplona diminuíram em R$ 0,10 a remuneração paga pelo quilo do suíno vivo ao produtor integrado em Santa Catarina. Nesta segunda-feira foi a vez da JBS reajustar o valor. “Até onde vamos manter as empresas lucrativas com o nosso suor? Até quando vamos ter uma suinocultura que não é sustentável? Pedimos, mais uma vez, que os produtores mantenham a estabilidade do plantel e cresça apenas com garantia”, questiona Lorenzi.
Exportações
As exportações de carne suína 'in natura' até a terceira semana de maio (14 dias úteis) apresentaram forte recuo em relação ao mês e ano anterior.
No acumulado do período foram embarcados 28 mil toneladas, com média diária de 2,0 mil/t. Esse resultado representa recuo de 19,2% frente ao mesmo período do mês passado. Já em relação maio/16, as exportações caíram 24%.
Em receita, as vendas externas somaram US$ 76,0 milhões, com preço médio em US$ 2.714,2 a tonelada.