Cooperativa do PR retoma embarques de carnes, mas acumula prejuízos logísticos
As cooperativas de aves e suínos, ao poucos, estão voltando à rotina. Desde o último final de semana, diversos importadores informaram o fim das restrições para importação de produtos brasileiros. Com isso, containers parados em portos ou em transito, já estão liberados na maioria dos países compradores.
O gerente da divisão de alimentos da Lar Cooperativa, no sudoeste do Paraná, Jair Meyer, afirma que a inspeção nos portos chineses está operando normalmente e, que os 80 containers da LAR, barrados desde a semana passada, aos poucos, estão sendo liberados.
Mas, com uma semana de embarques paralisados, as cooperativas acumulam prejuízos logísticos e de armazenagem. "Todos os custos de estádia, terceirização de armazenagem fica por conta do exportador. Esses valores não estavam orçados na planilha de custo e com certeza prejudica a receita da cooperativa", diz Meyer.
O gerente explica que o abate das aves seguiu normalmente na semana passada, porém, sem escoamento, os frigoríficos precisaram arcar com a ampliação da capacidade de armazenagem da carne. Além disso, alguns navios previstos para saída entre os dias 20 a 24 ficaram retidos em Paranaguá, aumentando o custo de estadia.
Assim, mesmo sem nenhum contrato cancelado ou produto devolvido, as cooperativas terão quem arcar com prejuízos logísticos, que provavelmente onerarão parte da receita dessas empresas.
Em 2016, as cooperativas do Estado do Paraná exportaram US$ 2,03 bilhões, desse montante 24% representa as vendas de carnes.