Suíno vivo: Semana encerra com valorização no RS e perspectivas positivas para outras praças

Publicado em 18/11/2016 17:33

O mercado independente de suíno vivo fechou a semana com valorização no Rio Grande do Sul, porém, com um cenário favorável para elevação das cotações em outras praças no decorrer das próximas semanas.

De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, foi uma reação leve nos preços, mas que permitiu a recuperação em algumas regiões do país.

O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou alta de 1,30% na praça gaúcha. Segundo a ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Estado), a referência ficou em R$ 3,90/kg, cinco centavos acima da semana anterior.

Em outros estados o cenário é de estabilidade, mas as perspectivas são positivas para as últimas semanas do ano. Conforme divulgação da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos ) a bolsa de comercialização do estado, em sua reunião semanal, definiu pela manutenção nos preços do suíno vivo em R$ 77,00 a R$ 79,00/@ [equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21/Kg vivo], condições bolsa.

Em Minas Gerais, a Bolsa de Suínos Mercominas manteve o acordo entre representantes dos frigoríficos e produtores e determinou o valor de comercialização do quilo do suíno vivo em R$ 4,20/kg. "O mercado de suínos em Minas vem operando em estabilidade. As negociações têm fluído bem e os produtores estão conseguindo comercializar toda a sua oferta. Esperamos que o mercado se tornasse aquecido nas próximas semanas, devido às festividades de final de ano", ressalta o presidente da ASEMG, Antonio Ferraz.

Já em Santa Catarina, apesar da estabilidade em R$ 3,90 o quilo do animal vivo, a ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos) destacou que a expectativa é de que os produtores alcancem o valor de referência nesta semana, já que nos últimos dias as negociações ficaram R$ 0,20 abaixo do esperado.

>> Suínos versus milho: melhorou a relação de troca para o suinocultor

Segundo os colaboradores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as vendas começaram a esboçar melhora nessa quarta-feira (16) pós-feriado, mas ainda sem reflexo sobre os preços.

"Na parcial de novembro (até o dia 17), o pernil está sendo negociado na média de R$ 6,94/kg no atacado do estado de São Paulo. É o menor valor dos últimos três anos em nov/12, foi de R$ 6,58/kg e, em relação à média de nov/15, de R$ 8,08/kg, caiu 14%", destacou o boletim semanal do Centro.

Custos de produção

O levantamento da Embrapa Aves e Suínos [ICPSuíno/Embrapa] apontou queda de -1,80% nos custos em outubro na comparação com o mês anterior. A principal queda - de 1,76% - ocorreu no desembolso com a nutrição dos animais.

Apesar dos dados positivos, os custos ainda amargam sérios prejuízos quando comparado ao igual período de 2015 [13,05% mais caro] e, 11,96% maior na relação nos últimos doze meses.

“Há muitos produtores desistindo da atividade. Esperava-se que haveria melhores preços neste último trimestre do ano, mas não ocorreu”, afirma o presidente da Associação Catarinense de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi.

Exportações

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgados nesta segunda (14), na parcial de novembro [oito dias úteis], o Brasil exportou 24,3 mil toneladas de carne suína 'in natura', registrando média diária de 3 mil toneladas/dia. Esse resultado representa um avanço de 14,1% em relação ao volume de outubro e, 10% na comparação com nov/15.

Em receita, os embarques acumulam saldo de US$ 63,9 milhões, com média diária de US$ 8 milhões, totalizando avanço de 20% com mês passado.

>> Confira a cotação completa do suíno.

Por: Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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