Exportações de carne suína acumulam alta de 42,2% em 2016, aponta ABPA

Publicado em 12/08/2016 18:50

São Paulo, 12 de agosto de 2016 - Levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura, embutidos e processados) totalizaram nos sete primeiros meses deste ano 413,3 mil toneladas, volume 42,2% superior ao registrado no mesmo período de 2015.

Considerando apenas o mês de julho, entretanto, houve queda de 3,6% no total embarcado pelo país, chegando a 60,1 mil toneladas.

No saldo cambial, os embarques totais do segmento chegaram em 2016 a US$ 755,3 milhões, número 6,2% acima do alcançado no ano anterior.  Em julho, entretanto, houve queda de 23,5%, com resultado de US$ 121,5 milhões.

Em reais, foi registrada retração de 22,8% nos embarques realizados em julho, chegando a R$ 395,1 milhões.  No ano, o setor acumula alta de 25,8%, com R$ 2,723 bilhões.

“Apesar da queda comparativa em relação ao sétimo mês de 2015, quando tivemos um desempenho fortemente influenciado pelo acúmulo de cargas nos portos como resultado da greve dos fiscais federais e de problemas climáticos, os resultados de julho deste ano atingiram volumes semelhantes ao alcançado em junho, mantendo a média registrada até agora no ano.  Este desempenho tem ajudado a reduzir os impactos da crise econômica interna brasileira, que vem influenciando os níveis de consumo de alimentos, de forma geral”, analisa Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.

Dentre os destinos de exportação, a Rússia segue na liderança com 17,1 mil toneladas embarcadas - 50% a menos em relação ao mesmo período de 2015.  No ano, o resultado ainda é positivo em 4%, com 136 mil toneladas embarcadas entre janeiro e julho deste ano – o equivalente a 33,3% do total embarcado pelos portos brasileiros no ano.

Novamente figurando como segunda maior importadora mensal de carne suína do Brasil, a China importou no mês passado 13,1 mil toneladas – contra 356 toneladas em julho de 2015.  O país foi responsável por 22,2% do total embarcado pelo Brasil no sétimo mês de 2016.  No ano, o mercado chinês segue como terceiro maior destino, com 54,6 mil toneladas embarcadas entre janeiro e julho – frente a 662 toneladas efetivadas no mesmo período do ano passado.  O saldo representa 13,4% do total embarcado pelo Brasil.

Também em um momento aquecido, os embarques para Hong Kong apresentaram elevação de 23% em julho - com 11,5 mil toneladas exportadas – e de 58% no acumulado dos sete primeiros meses do ano – com 98,2 mil toneladas embarcadas, o equivalente a 24% de tudo o que o Brasil exportou no período.

“Há uma reconfiguração na participação dos mercados sobre o saldo geral.  Antes responsável por quase metade de tudo que exportávamos, a Rússia, mesmo elevando suas compras, importa o equivalente a um terço do total do ano.  Em sentido contrário, China e Hong Kong incrementaram suas importações, assim como outros mercados da Ásia e América do Sul como Chile, Argentina, Uruguai e Singapura.   O setor hoje é menos dependente das vendas para o Leste Europeu”, analisa Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.

Fonte: ABPA

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