Preços de aves e suínos devem aumentar, aponta Embrapa

Publicado em 01/08/2016 07:52

Os custos de produção das aves e suínos em Minas Gerais voltaram a subir em junho e a tendência é de novos aumentos nos próximos meses. Segundo dados divulgados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Cias/Embrapa), na comparação com junho de 2015 a evolução foi de 41,14% nos custos do quilo de aves e de 41,31% no suíno. No mesmo período, o preço pago pelo quilo do animal vivo, em Minas Gerais, subiu 22,2% no caso do suíno e 20,41% no frango, alta que não acompanhou a evolução dos custos.
 
Em nota divulgada pela Embrapa Aves e Suínos, o analista da área socioeconômica da entidade, Ari Jarbas Sandi, justifica que a alta nos custos de produção de ambos os setores do agronegócio brasileiro é reflexo dos contínuos aumentos nos preços dos insumos para as rações, principalmente o milho e a soja.
 
Em Minas Gerais, o preço da tonelada de milho subiu de R$ 422, em junho de 2015, para R$ 880 em igual mês deste ano, variação positiva de 108%. A oferta restrita, o aumento das exportações e as condições climáticas desfavoráveis são fatores que justificam a valorização. No farelo de soja, a alta ficou em 45,45%, com a tonelada saindo de R$ 1,1 mil, em junho de 2015, para R$ 1,6 mil. No caso das aves, os custos com a alimentação representam 72,12% do valor total e, no setor de suínos, 81,83%.
 
De janeiro a junho, o custo com a produção de um quilo de frango vivo saiu de R$ 2,69 para R$ 2,95, elevação de 9,66%. Em junho do ano passado, para produzir um quilo de frango eram investidos R$ 2,09, o que gera uma diferença de 41,14% nos dias atuais. Alta também foi verificada em relação a maio, 5,35%.
 
Somente com a alimentação, foram gastos R$ 2,17 por quilo de animal ao longo de junho, valor superior aos R$ 2,02 registrados em maio. No período, a pressão de alta veio do milho e do farelo de trigo, que tiveram os preços novamente reajustados.

Leia a notícia na íntegra no site do Diário do Comércio

Fonte: Diário do Comércio

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