Suíno Vivo: Cotações voltam a registrar baixa no Rio Grande do Sul nesta 2ª feira
Nesta segunda-feira (04), as cotações para o suíno vivo voltaram a registrar baixa. Pela terceira semana consecutiva, a média de preços pagos no Rio Grande do Sul voltou a cair. Nas demais regiões, as referências de negócios ainda não foram definidas pelas bolsas de suínos, porém o cenário é de pressão.
Segundo a pesquisa semana realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a média de preços paga para suinocultores independentes caiu para R$ 3,54 pelo quilo do vivo. Na definição anterior, o valor estava em R$ 3,61/kg. Aos integrados, a média segue em R$ 2,85/kg.
Por outro lado, preços pagos por insumos –como milho e farelo de soja– tiveram ligeiro recuo, embora ainda estejam em patamares elevados em comparação a outros anos. Para a saca de 60 quilos do cereal, a média fechou em R$ 47,40. Já a tonelada do farelo de soja é cotada em média em R$ 1.485,00.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas na última semana o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos de Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, explica que o custo de produção do estado está em R$ 4,20 por quilo do animal vivo, bem abaixo da cotação média. O cenário levou produtores a abaterem os animais antes de atingir o peso ideal para reduzir gastos com alimentação, excedendo a oferta e pressionando ainda mais os preços.
» Acompanhe a entrevista na íntegra com o presidente da ACSURS, Valdecir Folador
Para São Paulo, a definição para os próximos dias também pode ficar abaixo aos da última semana, visto que na sexta-feira foram registradas negócios abaixo do valor de referência. Segundo a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), as vendas estavam ocorrendo entre R$ 70 a R$ 72/@, enquanto que a bolsa definiu negócios entre R$ 72 a R$ 74/@ – que já era abaixo.
Exportações
Os embarques de carne suína in natura fecharam o mês com crescimento anual, segundo indicam os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados na última sexta-feira. Em 22 dias úteis, as exportações chegaram a 53,3 mil toneladas e média diária de 2,4 mil toneladas.
Na comparação anual, os embarques registraram crescimento de 25,4%. Por outro lado, em relação ao volume diário de maio, há um decréscimo de 7,8%.
Em receita, a soma é de US$ 113,0 milhões, em que o valor por tonelada ficou em US$ 2.118,8. Na comparação com o mesmo período de 2015 houve baixa de 2,3%, enquanto que com relação a maio a queda foi de 4,9%.