Frango Vivo: Semana encerra com alta de 16% em Minas Gerais, após semanas de estagnação
Nesta sexta-feira (10), as cotações para o frango vivo encerram a semana com valorização de preços nas principais praças de comercialização. Assim como nos últimos fechamentos, novas valorizações foram registradas em São Paulo e em Minas Gerais, com alta de R$ 0,10 em ambas as praças. Portanto, referência passa a ser de R$ 2,70/kg e R$ 2,80/kg respectivamente.
Com isso, Minas Gerais encerra a semana com valorização de 16%, segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. Em São Paulo a valorização foi de 8%. Além disto, as cotações também subiram nas demais regiões acompanhadas pelo site.
No Paraná e em Santa Catarina, os preços subiram 4,16%, em que a referência de negócios passou a ser de R$ 2,50 pelo quilo do vivo. No Rio Grande do Sul a valorização é de 4,08%, com cotação de R$ 2,55/kg. Veja no gráfico:
O mercado trabalhava com cotações estagnadas há algumas semanas, após ter iniciado uma movimentação de baixa há dois meses. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Augusto Maia, explica que a redução do alojamento nas granjas foi o principal fator de baixa.
A situação é um reflexo dos altos custos de produção, que tem feito com que a produção comece a dar sinais de redução. Por outro lado, apesar da disparidade de preço entre a carne de frango e outras proteínas o consumo não apresenta reação.
» Veja na íntegra a entrevista com o pesquisador do Cepea, Augusto Maia
Diante das dificuldades do setor, novas altas são imprescindíveis para a recuperação de margens, segundo explica o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. “O preço finalmente reagiu, mas ele ainda está abaixo dos custos. Logo, a continuidade do movimento de alta é um fator chave para recuperar a margem dos produtores”, explica.
Para Maia também é necessário a redução de gastos nas granjas, já que a situação pelo lado da demanda não deve mudar nos próximo meses. "A saída neste momento é tentar reduzir o custo de produção, porque não há como esperar muito do consumo interno, mas ao mesmo tempo a perspectiva de baixa disponibilidade interna do milho deve continuar elevando os preços", pondera Maia.
Exportações
Os embarques também vêm apresentando resultados positivos e devem continuar com crescimento por ser o período do ano em que costumam aumentar. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou dados parciais de junho, num total de 3 dias úteis.
Em volume, as exportações chegam a 57,3 mil toneladas, com média diária de 19,1 mil toneladas. Em receita, chega a US$ 86,7 milhões. “A expectativa é de que sejam embarcadas 350 mil toneladas ao longo de junho, volume importante para manter a oferta interna controlada”, analisa Iglesias.
» Acesse na íntegra as cotações do mercado de frango