Frango Vivo: Oscilações marcam o mercado do frango vivo em Minas Gerais
As cotações do frango vivo em Minas Gerais foram marcadas por oscilações nesta semana. Em três dias de negócio o preço caiu R$ 0,05/kg, voltou a recuperar, e recuou novamente nesta quinta-feira (19).
Assim, a referência para este fechamento encerrou em R$ 2,50 o quilo do animal vivo, o mesmo patamar observado em São Paulo, há mais de três semanas.
De acordo com a diretora executiva da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) Marília Marta Ferreira, a variação de preço no curto espaço de tempo "reflete um mercado frágil que reage às movimentações diárias de demanda", explica.
No curto e médio prazo a tendência para os preços é de estabilidade para baixo. Segundo Ferreira a oferta segue superior a demanda e a orientação dos representantes de classe é para que os avicultores reduzam o alojamento de pintos nos próximos meses.
De acordo com o portal AviSite, apesar da referência em R$ 2,50/kg ambas as praças tem apresentado negócios abaixo do patamar, levando a acreditar que "o mercado de frango vivo nesta segunda metade de maio permanecerá fraco, sem maiores perspectivas de revitalização", declara Ferreira.
O alerta de mercado do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) destacou que os atuais patamares são os menores desde junho/15, em termos nominais. "A expectativa de produtores consultados pelo Cepea era de que os altos preços da carne bovina e a redução do poder de compra de consumidores pudessem impulsionar as vendas da carcaça de frango. O que, por sua vez, elevaria a demanda por animais para abate. No entanto, a oferta segue superando a demanda, frustrando a expectativa desses agentes", disse.
Custos
Além da pressão, os avicultores também enfrentam elevados custos de produção. O milho - principal componente da ração - quase que dobrou de preço em algumas regiões.
A baixa disponibilidade interna do cereal neste ano, consequência de exportações elevadas desde o segundo semestre de 2015; menor área cultivada na safra de verão; e expectativa de quebra na safrinha; mantém os preços do cereal em alta. Desde então, os custos de produção de frangos e suínos têm ficado altos, reduzindo margens de lucro do setor.
Para amenizar o abastecimento, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) informou nesta quinta-feira que vai contratar serviço de transporte de milho para atender regiões onde o produto está mais em falta, como em alguns estados do Sul, Norte e Nordeste, principalmente.
"Receberão o produto, para comercialização por meio do Programa de Vendas em Balcão, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Amazonas, Pará e Rondônia, além de Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Goiás", informou em nota.