Frango Vivo: Minas Gerais fecha em alta nesta 5ª feira

Publicado em 05/05/2016 17:21

A cotação do frango vivo em Minas Gerais apresentou valorização nesta quinta-feira (05) após quase duas semanas de estabilidade. Segundo dados da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) o preço médio do quilo do animal vivo, posto granja, fechou em R$ 2,40 avanço de R$ 0,05 referente a semana anterior.

A alta refletiu o incremento na demanda, típica de inicio do mês e do feriado de dia das mães, retingindo as baixas que foram observadas na segunda quinzena de abril. De acordo com o analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, no mês passado “a procura foi bem efetiva, tanto no mercado doméstico quanto no externo. O problema é que novamente o setor enfrentou um quadro de excedente de oferta, fator que acabou contribuindo para a queda nas cotações”, explica.

Com o aumento do consumo neste inicio de mês, a demanda voltou a superar a disponibilidade de animais, limitando os recuos. Em São Paulo a referência para os negócios permanece em R$2,50 o quilo do animal vivo, desde a última sexta-feira (29). Nos últimos 30 dias, no entanto, a praça paulista registrou um recuo de 4% no valor médio das comercializações.

Um dos fatores neste aumento na oferta no cenário doméstico está atrelado ao aumento no abate de matrizes de corte e descarte, segundo aponta Iglesias. “Vemos, por exemplo, que o Paraná está disponibilizando seus excedentes de produção em mercados como São Paulo e Minas Gerais, o que tem deixado o setor bastante fragilizado”, comenta o analista.

Custo de Produção

Como fator positivo, pela primeira vez no ano, os custos de produção registraram baixa, segundo levantamento da Embrapa Suíno e Aves. O ICPFrango/Embrapa chegou a 214,78 pontos em março, o que representa uma queda de 4,48% em relação ao levantamento de fevereiro deste ano. Por outro lado, no acumulado do ano, a alta é de 21,41%.

A baixa no índice deste mês está ligada ao recuo de preços do farelo de soja, devido ao avanço da colheita da safra de verão. “Houve uma queda de 15% e 25% no preço (do farelo de soja), embora o milho tenha continuado aumentando”, disse o analista da área de socioeconômica e responsável pelos índices de custos de produção do CIAS, Ari Jarbas Sandi.

Por: Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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