Frango Vivo: Cotação recua pela quarta vez consecutiva em Minas Gerais
As cotações de frango vivo voltaram a recuar em Minas Gerais. Com a desvalorização de R$ 0,05 os preços pago ao produtor apresentaram a quarta queda consecutiva fechando a R$ 2,80/kg, nesta terça-feira (12).
Em São Paulo as cotações não sofreram alteração, seguindo com a referência em R$ 2,80 o quilo do animal vivo. Mesmo em um período onde o consumo tipicamente é maior, os preços do frango não conseguem reagir refletindo a oferta acima da demanda.
Embora a avicultura venha alcançando bons resultados nas vendas externas, com exportações registrando em março o segundo melhor resultado mensal acompanhado pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) - 403,4 mil toneladas de produtos in natura, salgados, embutidos e processados - a dificuldade de repassar as altas no preço interno aperta a margem dos produtores.
"Mesmo que as outras proteínas estejam em preços mais elevados, nos não conseguimos repassar a alta nos custos em função da situação econômica que atravessa o país", explica o presidente do Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná), Domingos Martins.
Além da redução no poder de compra da população que interfere diretamente nas cotações do animal vivo, é preciso considerar o intensivo alojamentos de pintos em janeiro. Dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), mostram que no primeiro mês do ano o volume de pintos alojados alcançou 7,580 milhões, 6% a mais na comparação com o ano anterior.
Já nos três últimos meses (de novembro a janeiro), o setor de postura comercial aumentou em 7,5% o volume de pintos sobre a mesma base comparativa.
Imposto sobre Milho
O Ministério da Agricultura divulgou nesta terça-feira (12) que irá encaminhar a Câmara de Comércio Exterior (Camex) o pedido de isenção do imposto de importação do milho cuja alíquota é de 10%.
A medida é uma tentativa de conter a alta do cereal que tem impactado diretamente nos custos de produção do setor de proteína, que têm no milho sua base de alimentação.
A necessidade de importação é justificada pelo crescimento das exportações do grão, motivado pelo alto valor do dólar. “Mercado é mercado, os produtores vão se adaptar aos preços, mas o Mapa também deve cuidar do abastecimento do país. Por isso, temos preocupação com o encarecimento demasiado dos alimentos, como frangos e suínos”, explicou a ministra.