Suíno Vivo: Cotações encerram estáveis nesta 4ª feira; São Paulo registra negócios abaixo da referência
Nesta quarta-feira (30), as cotações para o suíno vivo encerraram estáveis nas principais praças de comercialização. Apesar disto, o mercado enfrenta dificuldades, mesmo com os preços firmes. Em São Paulo, a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) divulgou que há diversos negócios acontecendo abaixo da atual referência, enquanto que em Minas Gerais não há acordo em relação aos preços.
“O mercado teve algumas alterações, isso significa que está desequilibrado. Este desequilíbrio se dá devido as diferenças de R$ 4/@, quando o normal é até R$2/@. Isso aconteceu porque os grandes volumes, as vendas com maiores números de cabeças, estão registrando de R$63/@ a R$65/@ por causa da disputa na ponta do mercado atacadista e varejista pelo animal abatido. Essa disputa no mercado é grande em função do aumento da oferta, em disputa com outros Estados”, aponta o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira Júnior.
Já a ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais) aponta que na reunião não houve acordo entre os produtores e frigoríficos, que apontam dificuldades de comercialização. Em contrapartida, suinocultores explicam que os animais estão abaixo do preço médio. Com isso, a sugestão de negócios é de R$ 3,60/kg.
Além disto, custos de produção seguem em alta, pressionando margens dos suinocultores – principalmente pela alta do milho. A indústria busca soluções para amenizar a escassez da oferta do cereal e os altos preços enfrentados no cenário doméstico. Com isso, a ABPA (Associação Brasileira Proteína Animal) divulgou que foi fechada a compra de 500 mil toneladas de milho da Argentina pela indústria brasileira. Já a agência de notícias Reuters informou que as importações do cereal da Argentina devem ser as maiores dos últimos 15 anos.
A Ministra da Agricultura, Kátia Abreu, ainda divulgou apoio à isenção do PIS/CONFINS na importação de milho. “O preço de paridade de exportação do milho exerce pressão no preço interno que, aliado à dificuldade do setor produtivo de carne em repassar os acréscimos de custos ao consumidor, recrudesce este cenário”, ressalta a ministra no documento, protocolado nessa quarta-feira (29) no Ministério da Fazenda.