Custo de nutrição de frangos sobe 38% mas Brasil ainda é competitivo, diz Rabobank
O custo com alimentação de frangos no Brasil está 38% mais alto que o do ano passado, segundo levantamento divulgado pelo Rabobank na terça-feira (16). Mas o banco avalia que o país, juntamente com a Tailândia, continuará a obter vantagens competitivas nos mercados internacionais em 2016.
O Rabobank considera que a indústria de frangos no Brasil está enfrentando um início de ano desafiador após ter obtido resultados recordes em 2015, com aumento nos preços de milho e queda nos preços domésticos de frango resfriado.
O preço do milho para nutrição dos animais aumentou neste início de ano, diante da aceleração das exportações do grão cotado em dólar, ao mesmo tempo em que o real se desvalorizou. “Como resultado, ao final de janeiro, a relação entre frango e milho estava próxima de 6, o que significa que era possível comprar 6 quilos de milho pelo preço de 1 quilo de frango resfriado (no atacado em São Paulo)”, disse o Rabobank em relatório. Em 2015, essa relação ficou, em média, em 9.
Apesar desse desafio, o Rabobank considera que o Brasil continuará a ver crescimento nas exportações de frango ao longo de 2016, com a desvalorização do real ante o dólar elevando a competitividade do produto brasileiro nos mercados internacionais, além de se beneficiar do cenário de gripe aviária que afeta competidores.
“Apesar do atual complexo cenário econômico no Brasil, o Rabobank espera consumo local de frango firme – resultante de esperada baixa oferta de carne bovina durante o primeiro semestre de 2016”, disse o banco. “Ao mesmo tempo, esperamos que os preços de frango comecem a se recuperar e ultrapassem os níveis do quarto trimestre de 2015 durante o primeiro semestre de 2016.”
Novos competidores
Apesar da vantagem competitiva do Brasil, que nunca identificou casos de gripe aviária, o Rabobank alerta para potenciais competidores nos mercados internacionais.
Leia a notícia na íntegra no site CarneTec.