Frango Vivo: Semana encerra com baixa de preços em Minas Gerais e Paraná
Nesta sexta-feira (22), as cotações para o frango vivo encerraram estáveis nas principais praças de comercialização, após a baixa de preços no último fechamento. Nesta semana, o mercado registrou queda na referência em algumas regiões, com o cenário de demanda enfraquecida e custos de produção elevados. Já os embarques registraram melhora neste início de 2016.
De acordo com informações do Cepea, a demanda foi o principal fator de pressão para a proteína nesta semana. Por outro lado, as baixas observadas para a carne de frango elevaram a competitividade em relação a carne bovina. “Considerando-se toda a série do Cepea, iniciada em 2004 para o frango, a atual diferença entre as proteínas está apenas 3,9 pontos percentuais acima da mínima histórica, registrada em 20 de abril de 2015, de 34%”, explicam os pesquisadores.
Nesta semana, em Minas Gerais houve o recuo foi de R$ 0,10 aos preços praticados no estado, de acordo com dados da Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais). Com esta baixa, o vivo passa a ser negociado a R$ 2,80 pelo quilo, assim como em São Paulo. Segundo o Avisite, a referência no estado caiu 16% apenas nos últimos dois meses, quando realizava negócios a R$ 3,35/kg.
Já o levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que no Paraná as cotações cederam 1,16% nos últimos dias. Com isso, os negócios no estado estão em torno de R$ 2,55 pelo quilo do vivo.
Em São Paulo, a semana foi de estabilidade de preços, após as baixas observadas na anterior. De acordo com a Scot Consultoria, na última semana o recuo de 1,8% na praça paulista, após a terceira baixa do mês para a proteína. Apesar disto, os preços estão cerca de 19,1% mais altos do que em janeiro de 2015 no estado.
Custos de Produção
Os custos de produção seguiram como principal preocupação do setor, após as altas do preço do milho e farelo de soja nas útlimas semanas. Com a valorização do dólar frente ao real, as exportações destes insumos continuaram subindo e avicultores têm tido dificuldades para adquirir o cereal.
A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) se reuniu com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para trazer soluções que possam ajudar o setor, visto que deve haver aumento de preços para as proteínas com os atuais custos de produção.
“Nós entendemos que o produtor deve ser remunerado adequadamente. Bons preços no milho ao produtor significam, também, uma boa safra. O que preocupa é a alta exagerada baseada em especulação. Em um momento crítico para nossa economia, com recessão já anunciada, aumentar custos de produção é penalizar não apenas quem produz, mas também a população consumidora. É uma inflação provocada não por problemas climáticos, mas pela ação de atravessadores”, destaca o presidente da ABPA, Francisco Turra.
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Exportações
Na última segunda-feira também foram divulgados os dados parciais de embarques para carne de frango in natura pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em 10 dias úteis, as exportações chegaram a 143,3 mil toneladas, com média diária de 14,3 mil toneladas.
Comparando as médias, os embarques estão abaixo em 13% em relação a dezembro, mas ainda é superior em 21,6% aos dados de janeiro de 2015. Em receita, as exportações somam US$ 194,4 milhões – abaixo dos resultados do mesmo período do ano passado e há um mês.