Suíno Vivo: Apesar de comercialização lenta, semana encerra positiva em MG, GO e MT
Os preços para o suíno vivo tiveram mais um dia de estabilidade nas principais praças de comercialização nesta sexta-feira (11). Apesar do momento de maior consumo para o mercado – com período de recebimento de salários, décimo terceiro e preparação para festas de final de ano -, poucas regiões apresentaram reações de preços e a semana encerra praticamente estável.
O levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que na semana a maior alta registrada foi em Minas Gerais e Goiás – após o acréscimo de 2,33%. Com isso, a bolsa de suínos fechou a referência para a praça em R$ 4,40/kg, com expectativa de recuperação da comercialização nos próximos dias.
Em Paraná, as cotações cederam 2,35%, em que a referência do estado fechou em R$ 4,16 por quilo do vivo. Em Mato Grosso houve uma ligeira alta de preços, com negócios a R$ 3,26/kg. Veja no gráfico:
Em São Paulo, a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) apontou que a bolsa de suínos optou pela manutenção de preços para esta semana. Com isso, o vivo segue negociado entre R$ 82 a R$ 83/@ - o equivalente a R$ 4,37 a R$ 4,43/Kg. Segundo a associação, a justificativa para a estabilidade de preços são as vendas da carcaça especial no varejo paulista entre R$ 6,70 a R$ 6,95/Kg.
Já a pesquisa semanal realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos de Rio Grande do Sul), apontou que a cotação média para o suíno vivo voltou a fechar em R$ 3,89/kg.. Por outro lado, foi registrado que os preços médios para a saca de milho tiveram ligeira queda, passando de R$ 33,40 para R$ 33,00. O farelo de soja também apresentou recuo e é negociado na média de R$ 1.247,50.
Segundo informações do Cepea, agentes esperam que com o recebimento dos salários e décimo terceiro, haja uma melhora na liquidez. “No mercado interno, os preços da carne suína iniciam dezembro mais firmes, embora abaixo das expectativas para esta época do ano.”, apontam os pesquisadores.
Já o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, aponta que o mercado de suínos mostrou sinais de franqueza nesta semana, o que rendeu algumas baixa de preços. Apesar disto, o bom desempenho das exportações em novembro pode contribuir para reajustes positivos aos suinocultores. “Os embarques precisarão seguir firmes, para que esse equilíbrio do mercado possa ser mantido”, alerta.
Cenário externo
A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) apontou a pretensão de abrir novos mercados para a carne suína brasileira em 2016. “Além da melhoria da performance das vendas para o Leste Europeu e grandes compradores da Ásia (como Hong Kong e Singapura), espera-se que as duas novas plantas habilitadas influenciem positivamente os embarques para a China. Há, também, boas expectativas quanto à abertura do mercado da Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Unirão Europeia”, aponta Turra.
Já nesta sexta-feira, a instituição divulgou três novas habilitações para exportar carne suína para a China. "(A aprovação) mostra a confiança que se construiu nos negócios entre Brasil e China, atestando a credibilidade do país. Também dá sinais do aumento do peso que o mercado chinês deverá ter para a agroindústria exportadora de aves e suínos no próximo ano", explica Turra
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A associação também apontou que o crescimento da produção de suínos no Brasil, para o próximo ano, deve ser de 2 a 3%. Neste ano, o volume chegou 3,643 milhões de toneladas, superior em 4,9% ao ano passado.
Exportações
Na terça-feira (08), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou resultados parciais de embarques de carne de frango in natura. Em quatro dias úteis, o volume de exportações fechou em 72,7 mil toneladas, com média diária de 18,2 mil toneladas. Em receita, os embarques somaram US$ 106,7 milhões.