Suíno Vivo: Mercado tem mais uma semana de baixas nas principais praças de comercialização
Nesta sexta-feira (16), os preços do suíno vivo fecharam estáveis, após uma semana curta e com baixa em algumas das principais praças de comercialização. Apesar da primeira quinzena do mês, as cotações não reagiram de acordo com o esperado pelo setor, por ser o período que historicamente há mais procura.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a demanda interna ficou abaixo da prevista na primeira metade do mês, o que gerou um certo quadro de excedente de oferta. Além disto, de acordo com informações do Cepea, o mercado ainda sente o reflexo da greve dos Fiscais Agropecuários que aconteceu em setembro e paralisou os embarques por cerca de três semanas.
Já o presidente da ABCS (Associação Brasileira de Criadores de Suínos), Nilo Sá, acredita que o momento é de readequação de preços e as últimas baixas registradas não é motivo de preocupação no momento, visto que nos meses anteriores o mercado apresentou valorizações importantes e acima das expectativas.
O Cepea também aponta que apesar das quedas registradas nas últimas duas semanas, o mercado vinha enfrentando sucessivas altas e encerrou setembro com forte valorização de preços. Vale lembrar também, que este é o período do ano em que as compras por parte dos frigoríficos se intensificam para formar estoques para o período de festas. “Para os próximos dias, a expectativa de agentes consultados pelo Cepea é que a liquidez no mercado de suíno vivo volte a aumentar”, aponta.
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Preços
Nesta semana, Minas Gerais e Goiás foram as praças que apresentaram maior variação, de acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Nestas regiões, os preços cederam 3,26% e a referência fechou a R$ 4,45/kg.
No Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal realizada pela Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) registrou uma nova baixa no preço médio do estado, pela segunda semana consecutiva. Com isso, a referência para o vivo passa de R$ 4,20/kg para R$ 4,10/kg, uma baixa de 2,38%. Em Mato Grosso, os preços também cederam 1,91% e a referência ficou em R$ 3,60/kg. Veja no gráfico:
Já em São Paulo, a Bolsa de Comercialização de Suínos optou pela manutenção da referência. Com isso, a arroba suína segue negociada no estado entre R$ 83 e R$ 84 – preços equivalentes a R$ 4,43 a R$ 4,53/kg. Em Santa Catarina, o cenário também é de estabilidade, com negócios a R$ 4,00/kg.
Exportações
Na última terça-feira (13), foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) dados de exportações da primeira e segunda semana de outubro para a carne suína in natura. Em sete dias úteis foram embarcados 22,1 mil toneladas, com média diária de 3,2 mil toneladas. Em volume, os números são superiores em 46,5% em relação ao mês anterior e maior que 66,1% que a média de outubro de 2014.
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Já em receita, a soma chega a US$ 50,7 milhões, com a tonelada valendo US$ 2.298,8. Mais uma vez, o valor supera a média de setembro, em 35,1%. Segundo Allan Maia, os embarques devem encerrar o mês com números positivos. “A perspectiva é que as exportações continuem registrando bons resultados nos próximos meses. Vale lembrar que o fator cambial segue favorecendo os embarques”, comenta.
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