Competitividade do frango frente ao boi
Partindo do fato de que, nos últimos 30 dias, a cotação do frango vivo aumentou quase 8%, enquanto a do boi em pé registrou variação pouco superior a meio por cento, houve quem concluísse que o frango perdeu competitividade frente ao boi.
Mas isso só é verdade se, por exemplo, a mais recente relação de preços entre um e outro produto for comparada com a observada no pior momento do frango neste exercício (entre abril e junho), época em que a cotação do frango vivo chegou a corresponder a menos de 22% da cotação do boi em pé (valor da arroba convertido em quilo).
No momento essa relação alcança o mais elevado índice do ano, mas não passa dos 30%. Ou seja: continua extremamente favorável ao frango. Além disso, permanece numa proporção ligeiramente inferior à registrada um ano atrás, nesta mesma época.
Parece, no entanto, ser equivocado falar em competitividade ao nível do produtor porque, principalmente, ninguém opta por comprar boi em pé ou frango vivo apenas porque um produto esteja com valor mais competitivo que o outro. E isso não se aplica nem mesmo ao atacado de carnes. Quer dizer: competitividade é algo que se restringe ao consumidor final. E,sob esse aspecto, o frango continua imbatível. Apesar das recentes altas.
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