Suíno Vivo: Semana encerra positiva em grande parte das praças nesta 6ª feira
Nesta sexta-feira (25), mais valorizações foram registradas para o suíno vivo, desta vez em Santa Catarina. Enquanto as demais regiões realizam as reuniões de bolsa de suínos no início da semana, a praça catarinense ajustou os preços nesta quinta-feira. Segundo informações do site da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), a referência passa para R$ 4,25/kg no estado, um aumento de 6,25% em relação a anterior.
A tendência de recuperação de preços segue nas principais regiões, em que praticamente todas as praças tiveram alta nas cotações. Segundo o analista da Safras e Mercados, Allan Maia, o momento do mercado é associado ao aquecimento da demanda interna e externa, além da necessidade de repasse dos custos de produção – com aumento de preços para o milho e farelo de soja.
“Em São Paulo e no Paraná, a cotação do milho nesta semana se mostra 56,8% e 55% superior ao mesmo período do ano passado. No comparativo com agosto último, o preço do cereal paulista e paranaense avançou 22,34% e 26,53%, respectivamente”, comenta o analista.
Informações do Cepea também apontam para uma redução na oferta de animais, com a melhora na comercialização. Além disto, em termos nominais, as cotações apresentam o maior valor do ano em algumas regiões acompanhadas pelo centro de pesquisa.
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Levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que São Paulo foi a região com maior valorização registrada, de 7,14%. Na segunda-feira (21), a Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo definiu a arroba entre R$ 88,00 a R$ 90,00/@ - valores equivalentes a R$ 4,69 a R$ 4,80/kg. Na última semana, a referência estava entre R$ 84 e R$ 86/@.
Paraná também apresentou alta significativa para semana, de 4,98%, com negócios a R$ 4,64/kg. No Rio Grande do Sul a valorização foi de 4,70%, que de acordo com a pesquisa semanal realizada pela Acsurs (Associação dos Suinocultores do Rio Grande do Sul), a média de preços pagos aos produtores independentes ficou em R$ 4,23/kg. Já a média os suinocultores integrados passou de R$ 2,97/kg para R$ 3,02/kg. Veja no gráfico:
Greve
Há mais de uma semana, desde quinta-feira (17), os fiscais agropecuários estão em greve, prejudicando o embarque de diversos produtos agrícolas, incluindo carnes e contêineres de soja, milho, algodão. De acordo com levantamento realizado pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) cerca de 25 mil toneladas de carnes de aves e suínos estão parados em portos e armazéns de exportadoras.
"Infelizmente, o setor de proteína animal, que vinha registrando crescimento em plena crise econômica nacional, está sendo afetado e pode perder uma valiosa oportunidade de trazer ainda mais divisas, em um momento delicado para o país", disse o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, em nota. A entidade também afirma que está em contato com o governo federal para solucionar a questão.
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Exportações
Na última segunda-feira (21), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou novos dados de exportações para a carne suína in natura, referente até a terceira semana de setembro (13 dias úteis).Os embarques chegam a 33,5 mil toneladas, com média diária de 2,6 mil toneladas. Os dados apresentam aumento, tanto em comparação com o mesmo período do ano passado quanto ao desempenho de agosto desde ano. Em receita, as exportações somam US$ 87,0 milhões, com média de 6,7 milhões.
Segundo Allan Maia, as exportações corresponde às expectativas para o mês e possivelmente podem chegar próximos de 54,9 mil toneladas, desempenho parecido com julho. Já estimativas da Haitong Securities do Brasil, os embarques de carne suína devem fechar o mês com 50,3 mil toneladas, uma alta de 19,4% em relação ao mês anterior, quando os embarques totalizaram 42,1 mil toneladas.