Suíno Vivo: Semana encerra com alta de preços em quase todas as regiões e tendência é altista

Publicado em 04/09/2015 16:38 e atualizado em 04/09/2015 17:42

Nesta sexta-feira (04), os preços para o suíno vivo voltaram a encerrar a semana em alta, com valorizações significativas em algumas regiões. Em Santa Catarina, a bolsa de suínos trouxe uma nova alta, passando a referência de R$ 3,30/kg para R$ 3,60/kg, acompanhando o aumento registrado já em outras regiões.

Levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a praça catarinense obteve a maior alta da semana, com a valorização de 9,09%. Paraná também teve acréscimo significativo, de 7,46%, com o quilo do vivo valendo R$ 3,89. No estado gaúcho, a pesquisa semanal da Acsurs (Associação dos Suinocultores do Rio Grande do Sul) apontou para o preço médio de R$ 3,45/kg aos produtores independentes, o que representa uma alta de 5,18%.

A bolsa de suínos de Minas Gerais, também definiu nova referência no início da semana, a R$ 4,00/kg – alta de 5,26% em comparação com a anterior. Em Mato Grosso, os preços também apresentaram valorização – de 5,93% - encerrando a semana com negócios a R$ 2,86/kg. Veja no gráfico abaixo:

SUINO VIVO | Criar infográficos


Em São Paulo, a arroba suína fechou no início da semana entre R$ 75 e R$ 77 – equivalentes a R$ 4,00 e R$ 4,10 por quilo -, uma alta de 4,06%. Mesmo com a terceira semana consecutiva de aumento na referência, já há registros de negócios realizados acima disto, o que pode indicar nova alta na próxima reunião. Segundo a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), em São Sebastião da Grama foram comercializados 370 animais ao valor de R$ 80/@. Em Holambra foi realizada a venda de 640 suínos a R$ 78/@, além de 1006 animais a R$ 72/@.

Segundo a Scot Consultoria, a recuperação de preços na praça paulista trouxe melhora no poder de compra dos suinocultores, em que é possível comprar 8,42 quilos de milho a cada quilo de suíno. Os números representam uma melhora de 3,4% em comparação com a semana anterior.

O movimento de recuperação que vem sendo registrado desde o último mês, se deve a uma melhora na comercialização, e principalmente, nas exportações, que trouxeram redução nos estoques. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a tendência é de que novas altas sejam registradas no curto prazo, visto que a demanda costuma ser maior no início do mês, além do feriado de Dia da Independência na próxima semana.

Dados da Safras & Mercado apontam que houve crescimento na produção de 2,40%, enquanto os estoques tiveram redução de 2,5%. "O mercado segue dependente de bons resultados das exportações, para formação doa preços no mercado interno, visto que a produção vem crescendo no decorrer do ano", explica Maia.

Exportações

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou na última terça-feira (01), dados de embarques do mês agosto para a carne suína in natura. Em volume, os embarques chegam a 42,1 mil toneladas, com média diária de 2 mil toneladas. O resultado apresenta queda de 15,9% em relação a julho deste ano, mas chega a ser 18,8% maior que agosto de 2014.

Em receita, as exportações somam US$ 106 milhões, com média de US$ 5 milhões. Uma queda de 22,3 em comparação a julho de 2014 e baixa de 18,7 em relação a agosto do ao passado. O valor por tonelada também apresenta redução em comparação a outros meses, fechando em US$ 2.515,40.

As exportações vêm apresentando bom resultado desde maio, que segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) já acumulam alta de 7,8% desde o início do ano em comparação a 2014. O bom desempenho, segundo o presidente da ABPA, Francisco Turra, se deve a abertura de novos mercados e a consolidação dos embarques para a Rússia. "A Rússia foi a protagonista deste resultado. Além dela, países que antes apresentavam compras tímidas começaram, aos poucos, a incrementar suas importações, como é o caso da China", ressalta Turra.

A expectativa é de que os embarques continuem apresentando desempenho positivo nos próximos meses. "O ritmo positivo deve se manter neste segundo semestre, influenciado pelas compras do leste europeu e da Ásia", ressalta Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente de suínos da ABPA. 

» Acesse as cotações na íntegra para o suíno vivo

Por: Sandy Quintans // André Lopes
Fonte: Notícias Agrícolas

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