Nesta sexta - feira (21), os preços para o frango vivo encerram a semana com estabilidade na maioria das praças. Em Minas Gerais, na última terça – feira (18), houve valorização de 1,79% para o quilo do vivo. Passando de R$ 2,80 para R$ 2,85. São Paulo e Minas Gerais continuam a praticar o melhor valor dentre as principais praças de comercialização. No estado paulista o preço do vivo está sendo praticado a R$ 2,70/kg.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Cepea - os preços do frango vivo estão nos maiores patamares desde novembro de 2014, a oferta de aves tem sido relativamente baixa diante da demanda - principalmente externa, que segue aquecida.
Ainda segundo a pesquisa, no mercado atacadista da Grande São Paulo, os preços do frango inteiro e dos cortes também acumulam ganhos. Neste mês na maioria das regiões, o volume negociado tem sido satisfatório, dentro do esperado.
Produção
Em entrevista ao Boletim do Notícias Agrícolas, o presidente Domingos Martins do SINDIAVIPAR, afirma que a produção de carne de frango subiu 9% no mês de julho em comparação com o mesmo período do ano passado. O estado do Paraná ganhou ritmo e registrou 152 milhões de abates, gerando 1/3 da exportação com 35% dos embarques.
No entanto, a justificativa para a crescente demanda englobam dois fatores. Tanto o mercado externo - com uma busca incansável por melhores preços, como o mercado interno que também ganhou forças devido à crise política que diminuiu o poder de compra do consumidor, forçando uma migração para a proteína do frango que é de menor custo se comparado à bovina.
Do mesmo modo, segundo o último relatório do USDA – Departamento Agrícola dos EUA, o Brasil é líder global nas exportações de carne de frango e terceiro maior produtor da proteína no mundo. A expectativa para 2016 é de crescimento de 5% na produção de frangos para atingir 13,5 milhões de toneladas do produto.
Diante desse cenário positivo para a avicultura, a produção brasileira de carne de frango será impulsionada pela demanda externa. Do mesmo modo, os custos de produção devem ajudar em 2016. Conforme cálculos do USDA, a maior disponibilidade de grãos deve contribuir para uma queda de 3% a 4%, dos custos de produção no próximo ano.
Custo de produção
Na última quarta – feira (19), uma pesquisa realizada pelo Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária apontou um aumento, no mês de julho de 10,22% se comparado com o mesmo período do ano passado.
Já em relação a junho deste ano, a valorização no custo de produção ficou em 2,23%.
Dentre os setores de avaliação estão, energia elétrica, mão de obra, transportes, manutenção, instalação, entre outros. O segmento de nutrição foi o que registrou maior alta nos últimos 12 meses, chegando a subir 5,32%.
Gripe aviária
Ainda segundo o relatório, com o surto de Influenza Aviária que atinge uma série de países concorrentes, e com a desvalorização do real, de igual modo, as exportações brasileiras também devem crescer 5% em 2016, saltando para 3,930 milhões de toneladas. Neste ano, os embarques devem somar 3,740 milhões de toneladas.
A pesquisa também destaca que as exportações brasileiras para a China estão crescendo rapidamente neste ano, ganhando o espaço deixado pelos EUA. Por conta da gripe aviária, a nação asiática embargou as compras do produto americano em janeiro deste ano.
Já no mercado doméstico brasileiro, o USDA estima um aumento de consumo de 2% para o próximo ano, passando de 9,3 milhões de toneladas projetadas para 2015, para 9,5 milhões de toneladas em 2016.
Fonte:
Notícias Agrícolas