Argentina já conta com reservas de umidade "ótimas" no solo da região dos Pampas
A maior parte do Pampa úmido da Argentina já se encontra com reservas de umidade ótimas ou de moderadas a ótimas, de forma que não há limitantes para o próximo plantio de trigo.
A afirmação é de Pablo Mercuri, diretor do Centro de Pesquisa de Recursos Naturais do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), depois de destacar que "abril foi mais chuvoso e quente do que a média do mês".
"Com estas chuvas, que irão continuar até terça-feira, as reservas estão sendo recuperadas, após um período seco. Em muitas zonas elas se recuperam por completo e, em outras, moderadamente. Vão ficar reservas ótimas ou de moderadas a ótimas", detalhou o especialista ao La Nación.
Disponibilidade de água no solo argentino
Neste contexto, um boletim do Escritório de Risco Agropecuário (ORA) do Ministério da Agroindústria do país também se pronunciou no mesmo sentido. "Na zona núcleo, as reservas se classificam majoritariamente como adequadas a ótimas, sobretudo em áreas recentemente desocupadas", indicou.
Nas últimas horas, foram registradas chuvas acima de 30mm em vários locais. Durante o mês de abril, a zona de Marcos Juárez, em Córdoba, acumulou entre 160mm a 180mm.
Chuvas necessárias para repor a umidade do solo
"Essas chuvas foram interessantes, sendo que estamos no período em que a curva de chuvas começa a baixar", sinalizou Mercuri. Ele acrescentou que a primeira semana de maio também será úmida, acompanhando os volumes do final de abril. O ORA aponta que, nesta semana, estão previstas chuvas importantes com máximas de 100mm entre Entre Ríos e Santa Fe.
Contudo, o sudoeste de Buenos Aires e La Pampa seguem com reservas deficitárias.
O ORA também aposta em uma transição de La Niña para condições neutras até maio de 2018.
Tradução: Izadora Pimenta