Falta de chuva pode comprometer potencial produtivo do milho
Nesta terça-feira (10), ainda é possível observar muitas áreas de instabilidade sobre o centro-norte do país. No norte do Mato Grosso, de Goiás, Tocantins, Pará, Rondônia, Maranhão e Piauí, o dia será marcado por chuva, que irá atrapalhar o pleno andamento da soja. Em algumas propriedades já há relatos de perdas por conta do excesso de dias chuvosos. Ainda assim, o solo mantém bons níveis de umidade, favorecendo o desenvolvimento das lavouras de 2ª safra.
Nas demais regiões do Brasil, com exceção do Rio Grande do Sul, a terça-feira (10) é de tempo aberto e sem previsão para chuva. Ainda é cedo para afirmar que o desenvolvimento das lavouras será afetado por conta do pequeno período de tempo firme. No entanto, já há produtores preocupados, uma vez que ainda há muitas plantações de milho em fase inicial de desenvolvimento e com isso, é necessária mais chuva ao longo dos próximos 15 a 20 dias. Infelizmente, isso é algo que dificilmente venha a ocorrer, na frequência e volumes necessários, podendo levar ao comprometimento do potencial produtivo das plantas.
No centro-norte do país, a tendência é que ao longo dessa semana o tempo abra aos poucos e a chuva, que até o momento está ininterrupta, comece a ficar irregular, o que favorecerá a realização das colheitas. Na Região Sul, a chuva prevista até o final da semana pode atrapalhar em parte os trabalhos de colheita, mas para aqueles que tem áreas com milho de 2ª safra, a chuva será bastante benéfica.
Lavouras na 2ª quinzena
A tendência é que ao longo dessa 2ª quinzena de abril as chuvas fiquem mais concentradas sobre a Região Sul do Brasil, do que sobre as regiões do cerrado. Somente o norte do Nordeste e do Norte é que continuarão recebendo bons volumes de chuva, o que é normal para essa época do ano. O problema não está no clima, mas sim, no plantio tardio das lavouras de 2ª safra.