Clima vai testar limite das lavouras de verão
A meteorologia alerta: os sustos com excesso ou falta de chuvas vão ser cada vez mais frequente para boa parte dos produtores rurais brasileiros até o final desta temporada. Com o enfraquecimento do fenômeno La Niña, o clima no Brasil caminha para o que os meteorologistas chamam de neutralidade, sistema que é caracterizado por chuvas mal distribuídas em todo o país. Ou seja, pode chover numa lavoura e na área do vizinho, faltar água por um bom tempo. O agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos, afirma que esse quadro já vem sendo observado nas últimas semanas. “Tem chovido sempre aos 45 minutos do segundo tempo, e as temperaturas estão elevadas em todo o país. Tem regiões que está com 6º C a 7º C graus acima da média, como o noroeste de Minas Gerais, por exemplo”, afirma.
Ainda de acordo com Santos, atualmente, o excesso de chuvas tem atingido as lavouras do Sul do Brasil, enquanto Norte e Nordeste sofrem com a seca prolongada. “Na segunda quinzena deste mês, devemos observar uma inversão nesse quadro. Dependendo da fase em que está a plantação, o produtor pode ter problemas”, diz.
Neste momento, os casos críticos de falta de chuvas são pontuais e no caso dos estados que formam o Matopiba (união de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde há maior déficit hídrico, a previsão aponta para chuvas sobre as regiões agrícolas a partir da próxima semana.
O produtor de grãos Leivandro Fritzen, que planta soja e milho ao Sul do Piauí, é um dos que aguardavam ansiosamente pela chegada de umidade às lavouras, depois de quase 20 dias de seca total. A alívio veio na tarde desta quarta-feira (04/01). “A chuva chegou e pegou 80% da fazenda. Foram 15 milímetros. Acreidto que as perdas no potencial produtivo foram pequenas, mas precisa chover mais”, disse à reportagem.
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