Semana começa com muita chuva no Sul do Brasil

O avanço de um sistema de baixa pressão sobre o Rio Grande do Sul irá provocar chuvas fortes com altos volumes acumulados sobre a região oeste do Estado nessa segunda-feira, onde irá atrapalhar, novamente, todas as atividades agrícolas. Além do Rio Grande do Sul, há previsão de chuvas também sobre Santa Catarina e Paraná. Pancadas de chuvas também são previstas para o período da tarde e noite sobre São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Sendo que essas pancadas previstas para os Estados do Centro-oeste serão bem mais irregulares do que as previstas para São Paulo e metade sul de Minas Gerais. Também não estão descartadas a possibilidade de eventuais pancadas de chuvas sobre as regiões oeste da Bahia, Tocantins, sul e leste do Pará e sobre as regiões sul do Maranhão e do Piauí.

E esse deverá ser o padrão do tempo ao longo de toda essa semana. Chuvas mais fortes e generalizadas sobre os Estados da região Sul, pancadas de chuvas mais generalizadas sobre São Paulo e sul de Minas Gerais e pancadas de chuvas irregulares sobre os Estados do Centro-oeste e do MATOPIBA. Tais condições meteorológicas irão atrapalhar o pleno andamento das atividades agrícolas no Sul do Brasil, mas por outro lado irão manter as condições favoráveis ao desenvolvimento de doenças. Já em São Paulo e sul de Minas Gerais, tais previsões manterão os solos com bons níveis de umidade, permitindo boas condições ao desenvolvimento das lavouras, mas poderão gerar paralisações em algumas atividades de campo, como para a colheita da cana de açúcar. No Centro-oeste e no MATOPIBA tais previsões ainda manterão as condições não tão boas ao desenvolvimento das lavouras, uma vez que algumas áreas ainda continuarão sem registro de chuvas, agravando ainda mais a situação das lavouras e impossibilitando a finalização do plantio.

Somente em meados da semana que vem é que as chuvas voltam a ficar generalizadas e em bons volumes sobre todas as regiões produtoras do Centro-oeste, MATOPIBA, Pará, Rondônia e metade norte do Sudeste. Até lá ainda continuaremos vendo pancadas de chuvas, quase que diárias, mas sempre na forma de pancadas muito irregulares.

Na segunda quinzena de dezembro, chuva aumenta levemente no Nordeste e diminui no Sudeste e Centro-Oeste

Por Josélia Pegorim - da Climatempo

Estamos terminando a primavera. O verão começa oficialmente no dia 22 de dezembro, às 2h48, pelo horário de Brasília.

Nos próximos 15 dias, importantes mudanças no padrão de circulação dos ventos sobre o Brasil vão aumentar as condições em algumas áreas, mas reduzir em outras.

Até o fim da primeira quinzena de dezembro, a presença de uma forte baixa pressão no norte da Argentina gera muitas áreas de instabilidade sobre o Sul o Brasil. Os três estados voltam a ter temporais. A região entre São Paulo e o centro de Minas Gerais e o centro-sul do Rio de Janeiro também será favorecida com pancadas de chuva. No extremo norte, a Zona de Convergência Intertropical se aproxima do Brasil com fraca intensidade, mas vai ajudar a espalhar um pouco de umidade sobre o norte do Nordeste. As condições para chuva aumentam.

No começo da segunda quinzena de dezembro, o Norte e o Nordeste devem ser favorecidos com um pouco de chuva. Porém, o Sudeste e o Centro-Oeste vão sentir maior influência do sistema de Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul -- que vai reduzir a chuva. O calor aumentará

A meteorologista Josélia Pegorim comenta a distribuição da chuva sobre o Brasil nos próximos 15 dias.

Nível do Cantareira continua subindo

por Alexandre Nascimento 

Desde o mês passado tem chovido de forma regular sobre os mananciais que abastecem a Grande São Paulo. Em novembro foram acumulados quase 200mm de chuva sobre o Cantareira, cerca de 23% a mais do que normalmente chove em um mês de novembro. Desta forma o sistema replecionou 3,5% em relação ao começo do mês. Agora em dezembro já foram acumulados cerca de 90 milímetros na região (SABESP) e o sistema continua enchendo, mesmo sem haver registro de chuva todos os dias. Desde o início do mês o volume no Sistema Cantareira já subiu cerca de 4%, ou seja, a medida que chove agora a velocidade de subida é mais rápida devido ao fato do solo já estar mais encharcado. O mapa abaixo mostra o acumulado de chuva no último 1 mês.

Segundo dados dos modelos numéricos de precipitação da Climatempo deve continuar chovendo no restante deste mês de dezembro e não há previsão de longos períodos secos neste verão, como nas últimas duas temporadas. Os resultados do modelo indicam que pode chover esta segunda quinzena cerca de 150 milímetros, ou seja, provavelmente deve-se superar a média histórica do mês, que é de 220 milímetros.

A essa velocidade de subida e se confirmando a chuva esperada, provavelmente vamos superar o volume morto ainda na primeira semana de janeiro.