Cresce o abate de bovinos e frangos e cai o de suínos no 2º tri de 2023

Publicado em 06/09/2023 12:51 e atualizado em 06/09/2023 13:56

No 2º trimestre de 2023, o abate de frangos subiu 4,7%, o de bovinos aumentou 12,6% e o de suínos caiu 1,0% ante o mesmo período de 2022. Frente ao 1º trimestre de 2023, o abate de frangos caiu 3,2%, o de bovinos cresceu 13,4% e o de suínos recuou 0,6%.

A aquisição de leite foi de 5,72 bilhões de litros, com aumento de 4,0% ante o 2º trimestre de 2022 e recuo de 3,9% contra o trimestre imediatamente anterior.

Já a aquisição de peças de couro pelos curtumes teve alta de 9,5% frente ao 2º tri de 2022 e de 8,5% ante o 1° tri de 2023, somando 8,38 milhões de peças.

Foram produzidos 1,05 bilhão de dúzias de ovos de galinha no 2º tri deste ano, alta de 2,9% na comparação anual e de 2,0% em relação ao 1º tri de 2023.

Abate de Animais, Aquisição de Leite, Aquisição de Couro Cru
 e Produção de Ovos de Galinha - Brasil - 2º trimestre 2023. 
Fonte: IBGE - Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Agropecuárias - Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Pesquisa da Produção de Ovos de Galinha.
Nota: Os dados relativos a 2023 são preliminares.

Abate de bovinos sobe 12,6% em relação ao 2º tri de 2022

No 2º trimestre de 2023, foram abatidas 8,36 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 12,6% superior à obtida no 2° trimestre de 2022, e 13,4% acima da registrada no trimestre imediatamente anterior.

Maio foi o mês de maior atividade do trimestre, com um abate total de 298,87 mil cabeças, variação positiva de 14,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O abate de fêmeas aumentou 23,9% em relação ao 2º período de 2022 e apresentou recorde para a categoria novilhas, enquanto o abate de machos subiu 5,1% na mesma comparação.

O abate de 934,45 mil cabeças de bovinos a mais no 2º trimestre de 2023 em frente ao mesmo período de 2022 foi impulsionado por aumentos em 18 das 27 unidades da federação.

Os incrementos mais significativos ocorreram em: Mato Grosso (+310,74 mil cabeças), Rondônia (+243,27 mil cabeças), Goiás (+187,91 mil cabeças), Tocantins (+43,36 mil cabeças), Minas Gerais (+42,69 mil cabeças), Bahia (+38,25 mil cabeças), Pará (+37,19 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (+37,15 mil cabeças). Em contrapartida, as variações negativas mais expressivas ocorreram em Mato Grosso do Sul (-42,69 mil cabeças), Paraná (-9,69 mil cabeças), Santa Catarina (-4,59 mil cabeças) e São Paulo (-1,16 mil cabeças).

Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 17,0% da participação nacional, seguido por Goiás (10,9%) e São Paulo (10,6%).

Abate de suínos cai e interrompe alta iniciada em 2014

No 2º trimestre de 2023, foram abatidas 14,08 milhões de cabeças de suínos, representando quedas de 1,0% em relação ao mesmo período de 2022 e de 0,6% na comparação com o 1° trimestre de 2023. Tal resultado interrompeu uma série de comparações anuais positivas que vinham desde o segundo trimestre de 2014.

O abate de 148,23 mil cabeças de suínos a menos no 2º trimestre de 2023, em relação ao mesmo período de 2022, foi influenciado por quedas em 17 das 24 unidades da federação.

As quedas foram em: Rio Grande do Sul (-108,59 mil cabeças), Minas Gerais (-85,43 mil cabeças), São Paulo (-60,87 mil cabeças), Mato Grosso (-53,36 mil cabeças) e Goiás (-53,30 mil cabeças). Em contrapartida, as maiores altas foram em: Santa Catarina (+133,33 mil cabeças), Paraná (+81,78 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+15,20 mil cabeças).

No ranking das UFs, Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 29,7% da participação nacional, seguido por Paraná (21,4%) e Rio Grande do Sul (16,5%).

Abate de frangos tem melhor segundo trimestre na série histórica iniciada em 1997

No 2º trimestre de 2023, foram abatidas 1,56 bilhão de cabeças de frangos, representando aumento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2022 e queda de 3,2% na comparação com o 1° trimestre de 2023. Este resultado proporcionou o melhor segundo trimestre na série histórica da pesquisa, iniciada em 1997, com os maiores registros já computados em meses de maio e junho.

O abate de 70,03 milhões de cabeças de frangos a mais, em relação ao segundo trimestre de 2022, foi determinado pelo aumento em 17 das 25 unidades da federação que participaram da pesquisa. Ocorreram aumentos em: Paraná (+29,01 milhões de cabeças), Goiás (+15,29 milhões de cabeças), São Paulo (+11,71 milhões de cabeças), Santa Catarina (+6,29 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (+3,88 milhões de cabeças), Minas Gerais (+3,72 milhões de cabeças) e Mato Grosso (+2,15 milhões de cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em: Mato Grosso do Sul (-2,01 milhões de cabeças) e Bahia (-1,47 milhões de cabeças).

O Paraná lidera amplamente o abate de frangos, com 34,2% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,0%) e Rio Grande do Sul (12,9%).

Aquisição de leite cresce 4,0% na comparação anual

No 2º trimestre de 2023, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) foi de 5,72 bilhões de litros, equivalente a com aumento de 4,0% em relação ao 2° trimestre de 2022, e queda de 3,9% frente ao trimestre imediatamente anterior.

No comparativo do 2º trimestre de 2023 com o mesmo período de 2022, o acréscimo de 217,77 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 22 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações positivas mais significativas ocorreram em: Santa Catarina (+79,23 milhões de litros), Goiás (+35,97 milhões de litros), Rio Grande do Sul (+32,16 milhões de litros), Sergipe (+26,56 milhões de litros), Paraná (+23,45 milhões de litros), Ceará (+18,02 milhões de litros) e Rio de Janeiro (+14,59 milhões de litros). Em compensação, os decréscimos mais relevantes ocorreram em Minas Gerais (-42,62 milhões de litros) e São Paulo (-30,01 milhões de litros).

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 23,0% da captação nacional, seguida por Paraná (14,3%), Santa Catarina (13,2%) e Rio Grande do Sul (12,6%).

Aquisição de couro cresce 9,5% em relação ao 2º tri de 2022

No 2º trimestre de 2023, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 8,38 milhões de peças de couro. Esse total representa aumentos de 9,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022 e de 8,5% frente ao 1º trimestre de 2023.

O comparativo entre os 2º trimestres de 2022 e 2023 indica uma variação positiva de 728,68 mil peças no total adquirido pelos estabelecimentos. Foram verificados aumentos em 12 das 17 unidades da federação investigadas. As variações positivas mais expressivas ocorreram em Rondônia (+216,10 mil peças), Goiás (+182,00 mil peças), Mato Grosso (+162,52 mil peças), Pará (+90,32 mil peças), São Paulo (+82,35 mil peças) e Paraná (+41,69 mil peças). Em contrapartida, as variações negativas mais significativas foram registradas no Rio Grande do Sul (-86,63 mil peças) e Mato Grosso do Sul (-18,74 mil peças).

Mato Grosso continua a líder entre as Unidades da Federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 16,2% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (12,8%) e Goiás (12,3%).

Produção de ovos de galinha atinge recorde de 1,05 bilhão de dúzias

No 2º trimestre de 2023, a produção de ovos de galinha foi de 1,05 bilhão de dúzias. Essa quantidade é 2,9% maior que a do mesmo trimestre em 2022 e supera em 2,0% o trimestre imediatamente anterior. A produção foi a segunda maior já registrada, e a maior para um 2º trimestre desde o início da série histórica da pesquisa, em 1987.

A produção de 29,03 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, frente ao 2º trimestre de 2022 foi resultado de aumentos em 20 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. As maiores altas foram no Paraná (+5,87 milhões de dúzias), Rio Grande do Sul (+4,76 milhões de dúzias), Ceará (+4,42 milhões de dúzias), São Paulo (+3,40 milhões de dúzias), Mato Grosso (+2,73 milhões de dúzias) e Goiás (+2,45 milhões de dúzias). Já a redução mais significativa foi no Espírito Santo (-2,28 milhões de dúzias).

Com 26,5% da produção nacional, São Paulo permaneceu o maior produtor de ovos no segundo trimestre de 2023, seguido por Paraná (10,1%), Minas Gerais (8,9%) e Espírito Santo (8,0%).

Fonte: IBGE

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