Alta no mercado internacional, faz preços das carnes se distanciarem ainda mais de suas matérias-primas
Sem tendências de reversão no curto prazo, o Índice FAO de Preços dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) completou em março 10 meses consecutivos em alta. Atingiu a marca dos 118,5 pontos, resultado que correspondeu a incrementos de 2,07% em um mês, de 9,25% no ano (ou seja, apenas nos três primeiros meses de 2021) e de 24,6% em 12 meses.
De acordo com a FAO, a alta do FFPI no mês foi impulsionada por ganhos dos óleos vegetais, carnes e produtos lácteos, situação não acompanhada pelo açúcar e cereais, cujos preços retrocederam.
Porém, como indica o gráfico abaixo, essa foi a primeira vez desde meados do ano passado em que o preço dos cereais sofre ligeira baixa.
Note-se, a propósito, que há um ano, em março de 2020, carnes e cereais registraram, aproximadamente, a mesma paridade de preços “100” do triênio 2014/2016.
No entanto, de lá para cá, frente a uma alta de mais de 25% dos cereais (aí inclusos milho e soja), o preço das carnes refluiu e (embora em ligeira recuperação nos últimos meses) fechou março de 2021 com um valor cerca de meio por cento inferior ao de um ano atrás.