FAO mostra que carnes continuam não participando da alta de preços dos alimentos
Comunicado desta quinta-feira (3) da FAO mostra que os alimentos mantêm as altas de preço iniciadas em junho passado. Mas essas altas continuam não contando com a participação das carnes, cujos preços permanecem em declínio quase contínuo desde janeiro de 2020. Quer dizer: não caíram em novembro, mas a variação positiva registrada no mês foi pouco significativa.
No mês passado, o Índice FAO de Preço dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) registrou média de 105 pontos (2014/2016 = 100 pontos), resultado que significou aumento de 4 pontos ou 3,92% sobre o mês anterior e de 6,48% (6,4 pontos) sobre o mesmo mês do ano passado.
Esse aumento – ressalta a FAO – correspondeu não só à maior variação mensal registrada desde julho de 2012, mas também fez com que o FFPI atingisse seu mais elevado nível desde novembro de 2014.
Todos os subíndices do FFPI acompanhados pela FAO registraram ganhos em novembro. O maior aumento (quase 15%) foi o dos óleos vegetais, seguido pelo açúcar (+3,33%) e pelos cereais (+2,45%). Laticínios e carnes tiveram ganhos apenas marginais, de 0,87% e 0,91%.
Já na comparação com os preços de um ano atrás, quatro desses cinco subíndices obtiveram ganhos. O maior continuou com os óleos vegetais (+30,77%), vindo a seguir os cereais (+19,92%), o açúcar (+10,53%) e os laticínios (+2,74%). Ou seja: as carnes permaneceram na contramão, pois, ao contrários dos demais subíndices, seus preços em novembro último foram quase 14% menores que os do mesmo mês do ano passado.