Desempenho exportador das carnes nos primeiros nove dias úteis de novembro
Embora tenham apresentado ligeira queda de ritmo em relação à semana inicial do mês (redução à primeira vista contábil, não necessariamente física), as exportações das três carnes continuam apresentando bom andamento – ainda que as carnes bovina e de frango continuem com preços médios negativos em relação a novembro de 2019.
Em termos relativos, o melhor desempenho continua sendo o da carne suína, cujo preço médio no mercado internacional – a despeito da desvalorização da moeda brasileira – permanece mais de 6% superior ao de um ano atrás. E como os embarques diários aumentaram perto de 60%, a receita cambial daí decorrente sinaliza aumento anual em torno de 65%.
A carne bovina apresenta índices de incremento mais moderados: de perto de 25% no volume médio diário e (também pela média diária) de quase 13% na receita cambial, além de enfrentar redução de 9,21% no preço médio do mês (comparativamente a novembro de 2019).
Mas como seus embarques e seus preços correspondem a mais do dobro dos embarques e do preço da carne suína, a carne bovina vem sendo a principal contribuinte da receita cambial das carnes: por ora, 54% da receita total das três carnes, enquanto as carnes de frango e suína respondem por, respectivamente, 31% e 15% do total.
A carne de frango é a que segue com maior perda de preço: queda de mais de 17% nos primeiros nove dias úteis (ou primeira quinzena) de novembro em comparação ao mesmo mês do ano passado. Mas tende a um significativo avanço no volume – tanto em relação ao mês anterior, quanto a novembro de 2019. Sinaliza, porém, nova redução anual (-2,04%) na receita cambial.
Leia Mais:
+ Carne de frango: exportação da 1ª quinzena sinaliza 360-370 mil toneladas em novembro
+ Volume exportado de carne bovina segue forte e expectativa do mercado é de recorde para novembro