Desempenho exportador das carnes em julho de 2020
Uma vez que, comparativamente aos 18 primeiros dias úteis do mês, na última semana de julho (cinco dias úteis) os embarques de carnes in natura sofreram ligeira desaceleração, os números finais do mês ficaram ligeiramente aquém do que vinham sendo projetados para as três carnes. Mesmo assim, frente ao momento pandêmico, os resultados podem ser considerados auspiciosos, já que o volume embarcado apresentou aumento anual superior a 5%, enquanto a receita cambial – a despeito da desvalorização do real – aumentou mais de 2%.
Considerado o volume físico, a maior contribuição para o incremento registrado veio da carne bovina, que apresentou aumento de 27%, índice correspondente a um adicional de pouco mais de 36 mil toneladas em relação a julho de 2019. Na sequência, embora com um percentual maior (quase 47% de acréscimo), veio a carne suína, com perto de 29 mil toneladas a mais. A carne de frango, infelizmente, voltou a apresentar evolução anual negativa: seus embarques foram 34 mil toneladas menores, e o total exportado retrocedeu a volume que representou queda de pouco mais de 9%..
No tocante ao preço médio obtido no, a carne de frango – cujo preço ficou mais de 21% abaixo do registrado um ano antes – desta vez não esteve sozinha. Foi acompanhada pela carne suína, cujo preço recuou mais de 7% em relação a julho de 2019. A exceção, pois, ficou com a carne bovina, valorizada em quase 2,5%.
Em decorrência dos volumes e preços registrados, somente a carne de frango segue com redução na receita cambial, agora em índices preocupantes, pois o retrocesso, em julho, ficou próximo dos 30%. Em oposição, a receita da carne bovina aumentou 30%, mas sem neutralizar o recuo da carne de frango que, em valor absoluto, teve perda maior. Já a carne suína, a despeito da perda de preço, obteve o maior índice de incremento na receita: +36%