Frigol arrenda frigorífico em Goiás e eleva em 25% capacidade de abate de bovinos
SÃO PAULO (Reuters) - A Frigol anunciou nesta quinta-feira a incorporação de uma unidade frigorífica em Cachoeira Alta (GO), por meio de arrendamento, o que permitirá à companhia elevar em 25 por cento sua capacidade de abate de bovinos a partir da segunda quinzena de dezembro.
Com a unidade, que estava parada após ter sido arrendada à JBS, a Frigol elevará sua capacidade de abate para 60 mil cabeças/mês, ou 180 mil toneladas de carne/ano.
"Esse negócio posiciona a Frigol na quarta posição entre as indústrias frigoríficas nacionais", afirmou a empresa em nota.
Entre as grandes companhias do Brasil estão a JBS, a Minerva e a Marfrig.
Minerva e Marfrig, e também a Frigol, estão avançando no abate de bovinos no país após os problemas decorrentes de um escândalo de corrupção que atingiu a JBS, depois de os irmãos Batista, Wesley e Joesley, delatarem crimes que supostamente envolveriam políticos, incluindo o presidente Michel Temer.
"A Frigol permanece atenta ao mercado, de olho em oportunidades estratégicas para novo ciclo de crescimento, com o respaldo de uma gestão financeira equilibrada, voltada para a geração de resultados para os stakeholders e foco em produtos de maior valor agregado", disse o CEO da Frigol, Luciano Pascon, em nota.
Com o arrendamento, a empresa com receita estimada em 1,4 bilhão de reais em 2017, passa a atuar com plantas em três Estados: São Paulo (Lençóis Paulista), Pará (São Félix do Xingu e Água Azul do Norte) e, agora, Goiás.
O frigorífico de Cachoeira Alta faz parte da Rodopa Alimentos e estava desativado.
A unidade processa carne resfriada e congelada, miúdos e subprodutos tanto para o mercado interno quanto externo --Hong Kong, Egito, Arábia Saudita, Vietnã e outros países.
A Frigol informou ainda que investirá cerca de 5 milhões de reais em equipamentos e na melhoria da infraestrutura para o início dos abates, processo que deve estar concluído em meados de dezembro de 2017.
A planta tem capacidade para abater 600 bovinos/dia e incorporará cerca de 360 milhões de reais/ano à receita da Frigol.
"Trata-se de uma unidade moderna e de bom porte, em um mercado muito importante e com boa oferta de gado, que se ajusta perfeitamente à estratégia de crescimento da Frigol", disse o CEO.
Serão gerados cerca de 400 empregos diretos para a reativação do frigorífico, segundo a empresa.
(Por Roberto Samora)