Carnes: Granjeiros seguem buscando recuperação nas principais praças do Brasil
Scot Consultoria: Se encerra mais uma semana de pressão de baixa para o boi
Felippe Reis
zootecnista
Scot Consultoria
Pressão de baixa persiste no mercado do boi gordo.
Apenas em Minas Gerais e no Pará, onde a oferta de boiadas está mais restrita, o cenário é diferente.
A demanda retraída e a oferta remanescente da safra possibilita a pressão baixista na maior parte das regiões.
Agora, com a entrada da segunda quinzena do mês, período em que sazonalmente há uma demanda menor, não há razão para acreditar que as indústrias irão sair às compras com maior intensidade.
Entretanto, caso tenha necessidade de acelerar as compras, as margens de comercialização continuam em patamares historicamente bons.
No mercado atacadista de carne bovina, o boi casado de animais castrados está cotado em R$ 8,22/kg. Queda de 17,9% frente o início do ano.
Frango vivo: alta nas principais praças na semana, com exceção de SP, estável há mais de 100 dias
Por Izadora Pimenta, no Notícias Agrícolas
O preço do frango vivo teve alta em todas as principais praças nesta semana, com exceção de São Paulo, que está há mais de 100 dias estável, a R$2,50/kg, de acordo com análise do economista André Lopes, do Notícias Agrícolas.
A alta mais expressiva foi vista em Minas Gerais, de 8,33%, a R$2,60/kg. A praça anota a maior cotação do frango vivo. No Paraná, houve aumento de 5%, a R$2,10/kg.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP destaca que "os preços da carne de frango tiveram reajustes positivos ou se mantiveram estáveis nos últimos dias".
Colaboradores do Cepea apontaram que o início de mês permitiu uma maior liquidez nomercado doméstico, já que houve o recebimento de salários por parte da população.
Exportações
Na primeira semana de julho, o Brasil exportou 94,3 mil toneladas de carne de frango "in natura", somando um total de US$147 milhões.
De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a balança comercial registrou um superávit de US$1,045 bilhão na primeira semana no mês. A carne de frango também é uma das responsáveis, juntamente com a carne bovina, a soja em grão, o minério de cobre, o minério de ferro e o milho em grão, por um crescimento de 4,3% nas exportações em comparação com a primeira semana de julho de 2016.
Suíno Vivo: com exceção de MT, semana foi de alta nas principais praças
Por Izadora Pimenta, no Notícias Agrícolas
Com exceção de Mato Grosso, o suíno vivo teve alta em todas as principais praças ao longo da semana, de acordo com análise do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.
Goiás e Minas Gerais tiveram aumento de 8,33%, R$0,30/kg, nas cotações, a R$3,90/kg, ambas as praças. O maior preço ainda é registrado em São Paulo, a R$3,68/kg, com alta de 1,38% na semana, enquanto Mato Grosso teve queda de -3,97% e encerrou a semana a R$2,90/kg.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, destacou nesta semana que o status sanitário brasileiro é um grande diferencial de mercado, o que impulsiona os produtos de proteína animal, como os suínos.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) também indicou que "com as exportações da carne em bom ritmo, o aquecimento das vendas internas em início de mês, e animais para abate mais leves em algumas regiões, as cotações do suíno vivo e da carne já ensaiam alguma reação nas regiões pesquisadas".
Exportações
Na primeira semana de julho, o Brasil exportou 15,2 mil toneladas de carne suína "in natura", somando um total de US$38,9 milhões.
De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a balança comercial registrou um superávit de US$1,045 bilhão na primeira semana no mês.