Carnes: Suíno segue em queda, boi e frango atuam com estabilidade na última semana

Publicado em 10/07/2017 08:15

Scot Consultoria: Apesar da oferta boa, poucas alterações no mercado do boi gordo

Felippe Reis
zootecnista
Scot Consultoria

Após a pressão de baixa e as desvalorizações ocorridas nos últimos dias, o mercado do boi gordo fecha a semana estável, na maioria das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria.

Sexta-feira é um dia tipicamente de menor movimentação e as indústrias, por vezes, aproveitam para testar o mercado, ofertando preços abaixo da referência. As programações de abate confortáveis permitem a estratégia.

Para o curto prazo, apesar de menor intensidade, a oferta deve seguir pressionando negativamente o mercado.

Destaque para o mercado atacadista de carne com osso que teve desvalorização nesta sexta-feira. O boi casado de animais castrado está cotado em R$ 8,34/kg.

O recuo no mercado do preço da carne com osso resultou em redução de 6,1 pontos percentuais da margem de comercialização das indústrias que não desossam. Vale ressaltar que, mesmo com a queda, as margens de comercialização dos frigoríficos continuam em patamares historicamente bons.

Suíno vivo: MT registra queda de 5,03% na semana, enquanto SC tem alta de 1,61%

Por Izadora Pimenta, no Notícias Agrícolas

De acordo com análise realizada por André Lopes, economista do Notícias Agrícolas, Santa Catarina teve uma alta de R$0,05/kg, 1,61%, para R$3,15/kg. São Paulo teve queda de -1,36%, ou R$0,05/kg. Já Mato Grosso teve queda de -5,03%, ou R$0,16/kg, a R$3,02/kg.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP destaca que, "mesmo com as quedas nos preços do milho e do farelo de soja, a forte baixa nas cotações do suíno vivo reduziu o poder de compra do suinocultor em junho".

Com isso, o preço em São Paulo teve uma queda de 9,5% em relação ao mês anterior. Isso se deve a uma demanda interna enfraquecida e ao ritmo lento das exportações nas primeiras semanas do mês.

Houve, ainda, uma pressão por maior oferta, já que integradoras estavam ofertando lotes de animais de contrato no mercado independente.

Exportações

Até a quinta semana de junho, o Brasil exportou 54 mil toneladas de carne suína "in natura", de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Em volume, este total foi de US$141,5 milhões, contra US$112,3 milhões no total do mês de maio.

O volume exportado em maio havia sido de 41,7 mil toneladas.

Frango vivo: semana é de estabilidade nas principais praças, com exceção de MG, com alta de R$0,30/kg

Por Izadora Pimenta, no Notícias Agrícolas

O frango vivo apresentou estabilidade em todas as principais praças do país nesta semana, com exceção de Minas Gerais, na qual os preços tiveram uma alta de R$0,30/kg, de acordo com análise do economista André Lopes, do Notícias Agrícolas.

O maior preço é anotado em São Paulo, a R$2,50/kg, enquanto o Paraná anota R$2,00/kg. O salto em Minas foi significativo, de 14,29%.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP destaca que o setor avícola vem controlando a oferta. Com isso, há também uma baixa procura por pintainhos de corte para a engorda, o que vem resultando em queda para os preços destes animais.

O preço internacional da carne de frango também não reage, segundo a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O Índice de Preço das Carnes alcançou 175,2 pontos, com um incremento de 1,84%. Entretanto, apenas as carnes bovina, ovina e suína contribuíram para tal crescimento.

A carne de frango, por sua vez, não registrou aumento em junho. Este fator se reflete pelo segundo mês consecutivo, alcançando os 170 pontos há três meses. Como aponta a FAO, este fator seria fruto da propagação da Influenza Aviária.

Exportações

Até a quinta semana de junho, o Brasil exportou 343,6 mil toneladas de carne de frango "in natura", de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Em volume, este total foi de US$560,9 milhões, contra US$527,6 milhões no total do mês de maio.

O volume exportado em maio havia sido de 319,1 mil toneladas.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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