Carnes: Preços seguem pressionados; movimentação no mercado do boi ainda é limitada
Boi Gordo, por Scot Consultoria: Movimentação do mercado é pequena e viés é de baixa
Alex Santos Lopes da Silva
zootecnista
Scot Consultoria
A movimentação no mercado é pequena. O viés, no entanto, é de baixa. Final de safra e demanda sem fôlego não levam os compradores a acelerarem os negócios.
O boi casado caiu quase 8,0% desde abril e não encontrou mais força para recuperação.
Quem faz conta sabe que gado terminado no pasto seco é igual a aumento de custo. Além disso, o mercado não sinaliza recuperação de preço em curto prazo.
Em São Paulo, as escalas estão praticamente todas alinhadas em quatro ou cinco dias. Ou seja, mesmo sendo possível comprar o boi “mais barato” em valores nominais desde outubro de 2014, as programações de abate estão controladas, ajustadas ao cenário de vendas.
Com isso, as margens de comercialização das indústrias seguem próximas das máximas históricas, registradas há poucas semanas.
Suíno Vivo: BRF anuncia nova baixa no preço pago ao produtor, mas possível recuperação nos preços é prevista
Por Jéssica Ruza, no Notícias Agrícolas
Após queda de -4,72% em Mato Grosso nesta segunda-feira (3), a cotação para o suíno vivo se manteve estável, em R$3,03 o quilo. O preço do suíno vivo também registrou estabilidade na Bolsa do Rio Grande do Sul, mantendo a referência a R$3,46/Kg.
Em São Paulo, as referências ficaram em R$ 3,52 e R$ 3,63 quilo do animal vivo.
Na Bolsa de suínos de Santa Catarina, o preço do suíno vivo passou de R$3,10 para R$3,15, registrando aumento de R$ 0,05 em relação a semana anterior. Segundo o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi, este aumento é resultado da redução do ICMS cobrado na comercialização de animais vivos para outros estados.
Losivânio completa dizendo que devemos ter, ainda este ano, uma recuperação nos preços, mas que é preciso de uma garantia de lucratividade para os produtores.
A Pesquisa semanal da cotação do suíno, milho e farelo de soja no Rio Grande do Sul (https://www.acsurs.com.br/wp-content/uploads/2017/07/PESQUISA-214-ACSURS-pesq030717.pdf) realizada pela ACSURS e divulgada nesta segunda-feira (3), registrou estabilidade no preço pago ao produtor pelo quilo do suíno vivo no Estado, permanecendo em R$ 3,46.
A empresa de alimentos BRF anunciou nova baixa no preço pago ao produtor. O valor do quilo do suíno vivo saiu dos R$ 3,00 e foi para R$ 2,90.
Os preços pagos pela agroindústrias e cooperativas apresentaram as seguintes cotações:
Cooper Central Aurora: R$ 3,00; Pamplona: R$ 3,00; BRF (Sadia/Perdigão): R$ 2,90; JBS Foods: R$ 3,10, segundo informou a ACCS em seu site.
Exportações
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), divulgou nesta segunda (3) em seu relatório que as exportações de carne suína in natura apresentaram aumento em relação ao mesmo período do ano passado.
Em junho, foram embarcadas 54 mil toneladas, volume que supera em 1,3% o total exportado no mesmo período do ano passado, de 53,3 mil toneladas.
A receita somou US$ 141,5 milhões, incremento de 25,2% ante o registrado em igual mês do ano passado e aumento de 26% ante maio. No mês passado, o preço médio da tonelada ficou em US$ 2.620, alta de 23,7% ante junho de 2016 e queda de 2,6% ante maio.
As vendas externas chegaram a 54 mil toneladas, 1,3% acima das 53 mil toneladas embarcadas em junho de 2016 e alta de 30% ante as 41,7 mil toneladas de maio deste ano.
No acumulado do ano, as exportações de carne suína in natura avançaram 29%, atingindo US$ 740,25 milhões ante US$ 573,649 milhões em 2016. Em volume, o recuo foi de 2,45%, passando de 301,175 mil toneladas para 293,73 mil toneladas.
Frango vivo: Exportação total de carne de frango apresenta retração em comparação a 2016
Por Jéssica Ruza, no Notícias Agrícolas
A cotação do frango vivo teve alta de +4,17% no mercado de Minas Gerais, atingindo o patamar de R$2,50 o quilo.
Em Santa Catarina, o preço para o animal vivo teve aumento de +1,79%, atingindo os atuais R$2,18/kg.
Nas praças de São Paulo e Paraná, os preços se mantiveram estáveis, com referências de R$2,50 e R$2,44, respectivamente.
Segundo informou a Scot Consultoria, no atacado, a carcaça registou redução de -7,6%, passando de R$3,57/kg para os atuais R$3,30/kg.
Exportações
Conforme informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as exportações de carne de frango in natura de junho de 2017 registraram boa recuperação e alcançaram o maior volume dos últimos nove meses.
A receita registrou aumento em relação aos dois meses anteriores, mas, ainda assim, inferior à março passado, registrando a soma de
US$ 560,9 milhões. Em junho, houve queda de 9,8% no volume exportado em relação ao registrado em 2016, (411,8 mil toneladas).
A exportação total de carne de frango teve retração de 6,4% entre o primeiro semestre de 2017 em comparação a 2016.
Segundo o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, "Apesar da queda nos volumes embarcados em junho, é notável uma expressiva retomada do ritmo das vendas desde os impactos decorrentes dos equívocos da divulgação da Operação Carne Fraca".