Indústrias saem das compras na última semana do mês e preços ficam pressionados

Publicado em 27/06/2017 07:52

Início de semana em ritmo lento para o boi

Por Scot Consultoria

Poucos foram os ajustes registrados na abertura do mercado desta segunda-feira. De maneira geral as cotações estão estáveis em relação ao fechamento da semana passada. 

Muitas indústrias ainda aguardam fora do mercado para traçarem suas estratégias de compra para o restante da semana, cenário típico de segunda-feira. 

Em São Paulo, a referência para a arroba do boi gordo está em R$ 127,50, à vista, livre de Funrural, estabilidade frente ao levantamento de sexta-feira. 

No estado as escalas médias giram em torno de quatro dias, mas existem frigoríficos com escalas de até dois dias. 

No mercado atacadista, após a queda da referência para a carcaça bovina na última semana, não houve alteração nesta segunda-feira. 

O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 8,90/kg.

Suíno: Exportação fecha parcial de junho com resultado positivo

Por Larissa Albuquerque

Os preços do suíno vivo não param de cair. E mesmo nas regiões onde as bolsas optam pela estabilidade, a fragilidade dos negócios preocupa.

Nesta semana, a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), informou nova baixa de R$ 0,10 na referência. Com isso, os suinocultores estão recebendo, em média, R$ 3,46/kg no estado.

Em Santa Catarina, a bolsa permaneceu estável em R$ 3,10/kg, mas nem por isso a situação é mais confortável. “O mercado está abalado com a indefinição política e sem previsão sobre o que pode ocorrer neste semestre. Hoje o país está com quase 14 milhões de desempregados, fator que interfere no consumo interno”, diz Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).

As quedas, porém, não são exclusividade do mercado independente. Na integração Aurora, Pamplona e BRF informação reduziram o preço do suíno vivo pela segunda semana consecutiva, deixando a remuneração em R$ 3,00/kg.

A fragilidade das negociações está associada ao fraco desempenho das vendas no mercado interno. No varejo, a competição com outras proteínas tem reduzido o volume de vendas de carne suína. Conforme demonstrou preocupação, Lorenzi, afirma que os brasileiros deverão consumir menos carne suína em 2017 por optarem pela carne de frango, que está com preços mais atrativos aos consumidores.

Exportações

Ao menos o setor tem uma notícia para comemorar. As exportações de carne suína 'in natura' se recuperaram na quarta semana do mês. Os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, apontaram um crescimento de 25% no volume embarcado, se comparado ao mesmo período do mês passado.

Até a quarta semana de junho [16 dias úteis] as exportações totalizaram 38,2 mil toneladas, com média diária de 2,4 mil. Esse resultado representa avanço de 25,7% frente maio e, queda de 1,6% em relação mesmo período de 2016. E embora ainda os números mostrem recuo frente ao ano passada, é importante ressaltar a redução significativa neste percentual.

Em receita os dados são ainda mais positivos. Com saldo de US$ 101,8 milhões, as vendas externas neste mês ficaram 24% acima de maio/17 e 23% frente ao ano passado.

Frango vivo: Após 15 dias estável, cotação recua em MG

Por Larissa Albuquerque

A cotação do frango vivo recuou R$ 0,10 no mercado de Minas Gerais, nesta segunda-feira (26). A cotação, que estava estável há mais de 15 dias, mostrou movimentação, mas não positiva. A referência passou de R$ 2,20/kg para R$ 2,10/kg.

As baixas já eram esperadas, visto que o mercado passou pela primeira quinzena - período de maior apelo ao consumo - sem demonstrar nenhuma reação positiva nos preços. Agora, na última semana do mês, os analistas consideravam quase improvável que baixas pudessem acontecer.

Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), "agentes têm buscado ajustar a oferta à demanda, estratégia favorecida pelo ciclo de produção mais curto. Isso não chega a dar suporte ou permitir alta significativa nos preços, mas tem ajudado a conter as quedas".

Exportações

Os dados das exportações de carne de frango 'in natura', divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, nesta segunda (26), mostram recuperação na parcial de junho, em relação ao mês passado, mas continua indicando queda frente ao mesmo período de 2016.

Em quatro semanas - equivalente a 16 dias úteis - foram embarcados 250,3 mil toneladas, com média diária de 15,6 mil/t. Esse resultado representa um avanço de 7,8% na comparação com o mês anterior, porém queda de 10,7% se analisado ao mesmo período de 2016.

Em receita, os embarques totalizaram US$ 417,4 milhões, indicando avanço de 19,4% em relação a maio/17. Frente a junho/2016 a receita recuou pouco mais de 5,2%.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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