Carne brasileira teme novas restrições estrangeiras
Os próximos dias serão tensos para a cadeia da carne brasileira. O setor torce para que mercados com mais peso, como o Japão e a União Europeia, por exemplo, não acompanhem os Estados Unidos, país que suspendeu temporariamente às importações de carne bovina in natura do Brasil, o maior produtor mundial. A decisão foi tomada na quinta-feira (22).
Desde março, o Serviço de Segurança Alimentar e Inspeção (FSIS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), inspecionou 100% da carne in natura vinda do Brasil, e rejeitou 11% desses produtos. O número é bem maior do que a taxa média de rejeição de 1% para a carne importada de outros países. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que a suspensão é por causa da “reação a componentes da vacinação da febre aftosa”.
De janeiro a maio, US$ 49 milhões em carne bovina in natura foram exportados pelas plantas nacionais aos EUA. Pouco mais de 1% dos US$ 4,35 bilhões obtidos anualmente pela pecuária de corte brasileira. No entanto, mais importante do que o volume, está à credibilidade.
Segundo consultores de mercado, o posicionamento fitossanitário dos EUA funciona como uma baliza para outros clientes exigentes, que costumam se alinhar com as decisões tomadas em Washington. “Vamos torcer para que não tenha nenhuma decisão parecida da Europa e do Japão. Nunca foi levantada esta lebre do abscesso (caroço na carne) decorrente da vacina contra a febre aftosa”, observa José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Leia a notícia na íntegra no site Gazeta do Povo.