Carnes: Sem apelo da demanda, preços aos produtores seguem pressionados na semana
Mercado do boi sem viés definido
Por Scot Consultoria
Com o feriado de quinta-feira passada (15/6) muitos pecuaristas saíram das compras e, desde então, o mercado segue pouco movimentado.
Isso encurtou um pouco as escalas de abate, mas nada que faça os compradores se lançarem forte nas compras. Na abertura do mercado desta segunda-feira, muitas empresas estiveram fora das compras, aguardando um melhor posicionamento do mercado para traçarem suas estratégias de negociações da semana.
Mas, em linhas gerais, o cenário para a arroba já é de maior firmeza em relação ao início do mês, quando havia grande pressão de baixa.
Porém, vale a pena ressaltar que muitas regiões ainda apresentam pastagens em boas condições. Ou seja, ainda há pecuaristas retendo suas boiadas. Com a entrada da seca e do frio pode ser que, no curto prazo, ocorra alguma melhora na oferta.
O mercado atacadista de carne bovina permanece estável e as margens frigoríficas permanecem em patamares historicamente elevados.
Suíno vivo: Preços devem seguir em queda nesta semana
Por Larissa Albuquerque
Assim como ter ocorrido ao longo deste mês, o preço do suíno vivo no mercado independente inicia mais uma semana registrando queda.
No Rio Grande do Sul, a pesquisa semana da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Estado), apontou recuou de R$ 0,11 na referência do animal vivo, ficando cotado a R$ 3,56/kg na semana.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o excedente de oferta registrado no mercado interno mais uma vez pressionou as cotações, uma vez que as exportações não estão repetindo o bom desempenho verificado nos primeiros meses do ano.
Agora, iniciamos a segunda quinzena do mês onde tipicamente o consumo interno é mais fraco. Portanto, novas baixas não estão descartadas. “Os frigoríficos devem seguir adotando a estratégia de não formar um grande volume de estoque durante os próximos dias”, sinaliza o analista
Exportações
Os dados das exportações de carne suína 'in natura', divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, nesta segunda (19), mostram queda na parcial de junho, em relação ao mês passado e ao mesmo período de 2016.
Em três semanas - equivalente a 11 dias úteis - foram embarcados 19,2 mil toneladas, com média diária de 1,7 mil/t. Esse resultado representa um declino de 7,9% na comparação com o mês anterior e, 27,9% se analisado ao mesmo período de 2016.
Em receita, os embarques totalizaram US$ 50,9 milhões, indicando queda de 9,4% em relação a maio/17. Frente a junho/2016 a receita também recuou pouco mais de 9%.
Frango vivo: Exportação recupera na terceira semana, mas seguem em queda no comparativo anual
Por Larissa Albuquerque
Os preços do frango vivo iniciaram a semana sem alteração em relação aos últimos dias. Com o fraco desempenho das vendas internas e externas na primeira metade de junho, é possível que os preços fiquem ainda mais pressionados nesta segunda quinzena do mês.
Em Minas Gerais a referência é de R$ 2,20/kg. No Paraná o produtor comercializa o animal vivo em média, por R$ 2,05. Já em São Paulo, a cotação está em R$ 2,50/kg.
Embora "os preços não chegaram a apresentar alterações, a situação segue preocupante, uma vez que os preços da carne bovina e suína voltaram a cair, tornando as proteínas concorrentes ainda mais competitivas no mercado interno”, explica o analista, Fernando Iglesias, da Safra & Mercado.
Exportações
Os dados das exportações de carne de frango 'in natura', divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, nesta segunda (19), mostram queda na parcial de junho, em relação ao mês passado e ao mesmo período de 2016.
Em três semanas - equivalente a 11 dias úteis - foram embarcados 158,6 mil toneladas, com média diária de 14,4 mil/t. Esse resultado representa um declino de 0,6% na comparação com o mês anterior e, 17,7% se analisado ao mesmo período de 2016.
Em receita, os embarques totalizaram US$ 263,6 milhões, indicando queda de 0,1% em relação a maio/17, ainda que o preço da tonelada tenha avançando 0,6% no mesmo comparativo. Frente a junho/2016 a receita recuou pouco mais de 12%.