Evitando forma estoque frigorífico reduz a procura por animais e pressiona os preços
Com escalas mais enxutas, boi gordo busca equilíbrio de preços
Por Scot Consultoria
Apesar de a pressão de baixa ainda existir, com destaque para Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso no fechamento de hoje, o mercado do boi parece caminhar, gradativamente, rumo a um equilíbrio de preços.
As escalas de abate encurtaram nas últimas semanas, com os frigoríficos “queimando” parte desta munição para reduzir os preços do boi.
É verdade também que não há interesse no alongamento das programações neste momento, dada à conjuntura de mercado.
Em São Paulo, a escala média de abate atende entre quatro e cinco dias, sendo esta a programação mais enxuta dos últimos trinta dias, segundo levantamento da Scot Consultoria.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, os preços estão estáveis. A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 9,07/kg.
Suíno vivo: Bolsa de São Paulo perde R$ 0,10
Por Larissa Albuquerque
Assim como ocorreu no Rio Grande do Sul, a bolsa de suínos de São Paulo também recuou nesta semana, de 2,35% no preço do animal vivo, no mercado independente.
Conforme informou a APCS (Associação Paulista dos Suinocultores), a nova referência está entre R$ 77,00 a 78,00/@, que representa R$ 4,11 a 4,16/kg, condição bolsa.
Segundo analistas a reposição dos estoques foi lenta nos últimos dias, em função de dois fatores: segunda quinzena do mês e estreitamento entre os preços da carne suína e bovina.
“Outro ponto importante neste momento é a queda nos preços da carne bovina, fator que tende a acirrar a concorrência em relação às demais proteínas de origem animal”, acrescenta o analista, Allan Maia, da Safras & Mercado.
Frango vivo: Com mercado fraco, cotação recua pelo segundo dia consecutivo em MG
Por Larissa Albuquerque
A cotação do frango vivo cedeu, pelo segundo dia consecutivo, no mercado mineiro. Com a demanda fraca, pelo final do mês, o quilo do animal vivo perdeu mais R$ 0,10 e está cotado a R$ 2,35.
Com as quedas, o frango em Minas Gerais se distância do preço praticado em São Paulo de R$ 2,50/kg. Mas, perdas no mercado paulistas também não estão descartadas, uma vez que há relatos de negócios sendo firmados abaixo do valor de referência.
Diante do fraco desempenho do consumo interno e das exportações, não é impossível esperar novas quedas ao longo dessa última semana de maio/início de junho.
“O mercado aguarda o impacto da volatilidade cambial no curto e no médio prazo, ressaltando que o real desvalorizado aumenta a competitividade das commodities brasileiras no mercado internacional”, explica o analista, Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado.