Incertezas tomam conta do mercado e preços do boi gordo, frango e suíno vivo caem
Boi Gordo: Ainda existe muita incerteza no mercado
Por Scot Consultoria
Compradores e vendedores permanecem na defensiva em função da delação premiada da JBS, divulgada na última quarta-feira (17/5). De maneira geral, frigoríficos continuam fora das compras e os que voltaram oferecem preços abaixo da referência.
A maior oferta de animais terminados e consequentemente o alongamento das escalas observadas nas últimas semanas colaborou para este cenário.
Em São Paulo, as tentativas de baixa são cada vez mais comuns. Existem ofertas de compra até R$ 3,00/@ abaixo da referência.
No estado, a arroba do macho terminado ficou cotada em R$ 136,50, à vista, já descontado o Funrural, queda de 1,8% desde o início no mês. As escalas de abate giram em torno de cinco dias.
Em algumas praças, como no Norte do Tocantins, a maior parte dos frigoríficos continua fora das compras. Esse cenário é observado desde a semana passada.
No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados ficou cotado em R$ 9,07/kg. Em curto prazo não são descartadas quedas de preço.
Suíno vivo: Bolsa cai em SC e RS; Exportações recuam forte
Por Larissa Albuquerque
Os preços do suíno vivo abriram a semana em queda no mercado independente. Em Santa Catarina a cotação recuou R$ 0,10 deixando a nova referência em R$ 3,70/kg.
Na visão do presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos), Lozivanio Luis de Lorenzi, o período de final de mês, aliado o sentimento de incerteza que tomou conta do país na última semana, colaboraram com o cenário baixista. “O prejuízo para o setor é grande, principalmente para os independentes, que já tiveram de arcar com os altos custos de produção no ano passado."
No Rio Grande do Sul a cotação também caiu R$ 0,06. A pesquisa semanal de preço realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Estado), apontou referência de R$ 3,84/kg, contra R$ 3,90/kg praticado na semana anterior.
Integração
Na semana passada as empresas Aurora, BRF e Pamplona diminuíram em R$ 0,10 a remuneração paga pelo quilo do suíno vivo ao produtor integrado em Santa Catarina. Nesta segunda-feira foi a vez da JBS reajustar o valor. “Até onde vamos manter as empresas lucrativas com o nosso suor? Até quando vamos ter uma suinocultura que não é sustentável? Pedimos, mais uma vez, que os produtores mantenham a estabilidade do plantel e cresça apenas com garantia”, questiona Lorenzi.
Exportações
As exportações de carne suína 'in natura' até a terceira semana de maio (14 dias úteis) apresentaram forte recuo em relação ao mês e ano anterior.
No acumulado do período foram embarcados 28 mil toneladas, com média diária de 2,0 mil/t. Esse resultado representa recuo de 19,2% frente ao mesmo período do mês passado. Já em relação maio/16, as exportações caíram 24%.
Em receita, as vendas externas somaram US$ 76,0 milhões, com preço médio em US$ 2.714,2 a tonelada.
Frango vivo: Expectativa de queda nos preços ao longo da semana
Por Larissa Albuquerque
Os preços do frango vivo iniciaram a semana mantendo as cotações inalteradas. Em Minas Gerais a média das negociações com o animal vivo está em R$ 2,50/kg. Já em São Paulo os preços permanecem inalterados a mais de vinte dias, também em R$ 2,50/kg.
"Para essa segunda metade de maio a tendência é de uma queda nas cotações, até mesmo pelo fato da oferta de carne bovina estar crescendo no mercado interno, ampliando a concorrência com a carne de frango", destaca o analista, Fernando Iglesias, da Safras & Mercado.
Exportações
As exportações de carne de frango 'in natura' até a terceira semana de maio (14 dias úteis) apresentaram queda em relação ao mês e ano anterior.
No acumulado do período foram embarcados 206,1 mil toneladas, com média diária de 14,7 mil/t. Esse resultado representa queda de 9,7% frente ao mesmo período de mês anterior. Já em relação maio/16, as exportações caíram 12,5%.
Em receita, as vendas externas somaram US$ 344,4 milhões, com preço médio avançando 0,7% a US$ 1.670,8 a tonelada.