Escalas alongadas limitam valorizações do boi gordo; Suíno vivo em alta

Publicado em 15/05/2017 08:21

Mercado do boi gordo com poucas alterações

Por Scot Consultoria

Esta semana foi marcada por um maior volume de negociações, com mais oferta de boiadas, e as escalas se alongaram. 

Mesmo com este cenário, não houve reflexo nas referências que tiveram poucas alterações nos últimos dias.

Porém, nesta sexta-feira já não se nota mais aquela firmeza nos preços vista na semana passada e em alguns casos já é possível observar pressão de baixa.

Outro fato a ser destacado é que algumas indústrias que estão com escalas mais “folgadas” já saíram do mercado e aguardam a entrada da próxima semana para traçarem suas estratégias de preços.  

O mercado atacadista de carne bovina fechou em queda. O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 9,26/kg, desvalorização de 2,27%.

Suíno vivo: Semana encerra com valorização em quatro praças

Por Larissa Albuquerque

O mercado de suínos vivos está com oferta e demanda equilibrada. Nesta semana algumas praças já registraram valorização pela melhora da demanda.

Os pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), explicam que apesar da maior liquidez no período que antecede o Dia das Mães, "em termos de preços, os aumentos mais intensos ocorrem historicamente na semana seguinte, impulsionados pelo reabastecimento dos estoques por parte de compradores". Assim, não estão descartadas novas valorizações na próxima semana, mesmo sendo a segunda quinzena do mês.

O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou alta em quatro das oito praças pesquisadas. A maior valorização ocorreu em Minas Gerais e Goiás, com acrescimento de R$ 0,30 terminando a semana cotado em R$ 4,30/kg em ambas as praças.

Somente no Rio Grande do Sul o preço cedeu. Segundo a ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Estado), o preço médio recuou R$ 0,06 terminando cotado em R$ 3,92/kg.

Embora mostrem uma redução de mais de 20% comparado a fevereiro, os preços atuais são mais de 15% superiores ao mesmo período do ano passado. “O que se tem observado em 2017 é a manutenção dos preços em patamares superiores as médias históricas, que usualmente mostram constante redução de dezembro a maio”, explica o presidente da ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), Marcelo Lopes.

O presidente da ABCS explica que o panorama deste ano para a suinocultura se mantém favorável aos produtores devido a alta das exportações, preço do suíno vivo estável e custos com tendência de queda.

Atacado

No atacado, as vendas melhoraram. Fatores como o clima mais frio e proximidade do Dia das Mães colaboraram para o cenário.
Segundo levantamento da Scot Consultoria a carcaça teve valorização de 1,6% nos últimos sete dias, terminando cotada, em R$ 6,30/kg.
"Na comparação anual, os preços na granja e no mercado atacadista de São Paulo estão 32,8% e 34,0% maiores, respectivamente", destaca a Consultoria.

Exportações

As exportações de carne suína 'in natura' na primeira semana de maio (cinco dias úteis) apresentaram avanço em relação ao mês anterior.

No acumulado do período foram embarcados 10,7 mil toneladas, com média diária de 2,7 mil/t. Esse resultado representa avanço de 7,8% frente ao mesmo período de março/16. Já em relação maio/16, as exportações cresceram 1,4%.

Em receita, as vendas externas somaram US$ 29 milhões, com preço médio subindo 0,1%, a US$ 2.717,3 a tonelada.

Frango vivo: Com maior oferta no atacado, preços ficam estáveis na semana

Por Larissa Albuquerque

O preço do frango vivo iniciou o movimento de recuperação esperado na primeira quinzena de maior. Segundo dados da Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais), no estado a cotação subiu R$ 0,10  nesta sexta-feira (12).

O levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou que nas praças mineiras a média das negociações com o animal vivo ficou em R$ 2,50/kg, valorização de 4,17% na semana. Já em São Paulo os preços permanecem inalterados a mais de vinte dias, em R$ 2,50/kg.

"Mas, apesar da manutenção, a expectativa é de melhora no curto prazo, visto que a reposição no atacado gerou valorização", diz a analista, Juliana Pila, da Scot Consultoria.

Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os frigoríficos têm optado pela desossa dos frangos, na tentativa de comercializar mais cortes em vez do produtor inteiro. 

"Esse fator e a retração das exportações têm aumentado a oferta doméstica dos cortes, pressionando as cotações, além de reduzir a necessidade de abates", diz o Centro.

No atacado o peito congelado recuou 2,4% nos últimos sete dias, a R$ 4,83/kg. O frango inteiro resfriado, na capital paulista, foi vendido a R$ 3,68/kg, queda de 1%. O produto congelado, por sua vez, teve média de R$ 3,75/kg, queda de 0,6% na mesma comparação.

Exportações

As exportações de carne de frango 'in natura' na primeira semana de maio (cinco dias úteis) apresentaram ligeiro avanço em relação ao mês anterior.

No acumulado do período foram embarcados 65,5 mil toneladas, com média diária de 16,4 mil/t. Esse resultado representa avanço de 0,4% frente ao mesmo período de março/16. Já em relação maio/16, as exportações caíram 2,7%.

Em receita, as vendas externas somaram US$ 110,4 milhões, com preço médio caindo 0,1% a US$ 1.685,5 a tonelada.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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