Preços médios da carne bovina têm alta de 1,38% em abril

Publicado em 12/05/2017 11:44
Dados da ABIEC revelam queda em volume e faturamento com as exportações do produto no mesmo período; expectativa é que resultados positivos voltem em maio

As exportações de carne bovina tiveram recuo de 25,63% em abril, quando foram embarcadas 93 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). As negociações geraram um faturamento de US$ 378 milhões, o que representa uma queda de 24,60% se comparado ao obtido em março. Os preços médios, no entanto, tiveram um incremento de 1,38% na mesma comparação.

Hong Kong, China e União Europeia foram os que mais importaram carne bovina do Brasil no período, com retração do volume e do faturamento gerados com a comercialização. Hong Kong, o que mais importou, em média 27 mil toneladas e US$ 99 milhões de receita gerada, teve um recuo de 2% na comparação com o mês anterior.

Por outro lado, Egito destaca-se entre os países para os quais o Brasil aumentou suas exportações em abril, com alta de 60% em faturamento e 54% no volume exportado. Palestina e Malásia também tiveram maior abertura para a carne bovina brasileira no mês passado, ambos com incremento de 7% na receita gerada com as negociações.

“O resultado verificado em abril era esperado, já que a operação da Polícia Federal, deflagrada em 17 de março, gerou uma série de indefinições nos prazos de reabertura em alguns mercados. Diante disso, produtores agiram com mais cautela, comprando menos gado, suspendendo abates e embarcando quantidades menores de carne bovina”, explica Antônio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC.  

Camardelli também ressalta que os preços praticados junto aos mercados importadores aumentaram 1,38% em média. “Muito se especulou que a carne bovina brasileira sofreria uma forte desvalorização com a repercussão da operação policial em frigoríficos, mas conseguimos fazer com que os preços fossem mantidos ou até mesmo subissem”, afirma o presidente da ABIEC.

Para Camardelli, os efeitos do episódio devem ser diluídos e, em maio, a expectativa é de que o desempenho com as exportações seja similar ao de março, quando foi registrado resultado recorde com alta de 22% em faturamento e de 20% em volume.

Categorias – Em abril, a carne in natura se manteve como categoria mais exportada, seguida por miúdos e industrializadas. Sua comercialização para outros países gerou um faturamento de US$ 293 milhões, com embarque de mais de 70 mil toneladas, uma queda 27% em faturamento e 29% em volume.

Fonte: ABIEC

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