Faturamento com exportação de carne bovina sobe 14% em janeiro, diz Abrafrigo
As exportações totais de carne bovina (in natura e processada) começaram bem o ano e cresceram 10% em volume e 14% em receita em relação a janeiro de 2016, segundo informações da SECEX/DECEX do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). No primeiro mês do ano as vendas alcançaram 107.380 toneladas e a receita US$ 418,1 milhões.
Em 2016 elas foram de 97.342 toneladas e a receita alcançou US$ 367,1 milhões, sendo que 101 países adquiriram o produto brasileiro, 58 deles com crescimento das compras e 43 com redução nas importações.
Para 2017, a ABRAFRIGO prevê um crescimento moderado ao redor de 10% nas exportações brasileiras de carne bovina in natura e processada, superando a 1,5 milhão de toneladas, com a possível nova entrada de grandes clientes como Canadá, México, Taiwan, Coréia do Sul, Indonésia e Japão, muito em função da abertura das importações da carne bovina in natura pelos Estados Unidos, que costuma ser usado como referência por estes países. Espera-se, ainda, que a receita de US$ 5,5 bilhões obtida em 2016 seja superada em 2017, embora ainda bem distante do recorde de US$ 7 bilhões de 2014.
Em janeiro começou a aparecer também a tendência das exportações brasileiras para a China se concentrarem mais pela via continental, diminuindo a intermediação realizada pela cidade estado de Hong Kong, como deseja o governo daquele país. Em janeiro, Hong Kong continuou na liderança das importações da carne bovina brasileira com 22.908 toneladas, mas houve uma redução de 4,2% em relação ao mesmo mês de 2016. Pela China continental, por outro lado, as compras subiram 105%: foram de 8.880 toneladas em 2016 para 18.208 toneladas em 2017, segundo a ABRAFRIGO.
Depois dos chineses que responderam por 38,3% das exportações brasileiras (41.116 ton), os maiores importadores a carne bovina brasileira em janeiro foram o Irã (11.563 ton); Rússia (10.959 ton); Egito (6.409 ton); Chile (4.123 ton) e a Arábia Saudita (3.871 ton).