Taxar carne bovina em 40% reduziria aquecimento global, afirma pesquisa
Um artigo publicado na revista britânica Nature Climate Change levantou a polêmica sobre o papel da pecuária no aquecimento global: o estudo, elaborado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, propõe que a carne bovina seja taxada em 40% e o leite e seus derivados em 20% como forma de reduzir o consumo desses produtos e, consequentemente, a emissão de gases do efeito estufa (GEEs) que a atividade representa.
A pesquisa estima que o agronegócio, como um todo, é responsável por mais de 20% de tudo o que é emitido no planeta, sendo que a maior parte dessas emissões – cerca dois terços – viria da pecuária. De acordo com o artigo, os países pobres, onde a fome ainda é um problema grave, seriam poupados do imposto extra. O resultado esperado seria uma redução na emissão de GEEs na ordem de 1 bilhão de toneladas e aproximadamente 500 mil vidas poupadas anualmente, com a diminuição de doenças relacionadas à obesidade.
O tema ganha relevância com a COP 22, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que começou nesta semana e vai até o dia 18 de novembro, em Marrakesh, Marrocos.
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