Com demanda fraca, mercado de carnes tem pouca movimentação
Boi Gordo: Mercado andando de lado e com baixa movimentação
Por Scot Consultoria
Após uma semana com queda de preços, o mercado do boi gordo inicia a segunda semana de novembro com preços andando de lado na maioria das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria.
A valorização nos preços da carne com osso no atacado e a queda do preço da arroba em São Paulo, na última semana, faz com que as indústrias trabalhem com margens acima da média histórica.
Contudo, os frigoríficos têm trabalhado com compras pontuais. O lento escoamento da carne no atacado regula a demanda das indústrias, que tentam impor pressão baixista para o boi gordo.
Há, inclusive, indústrias testando o mercado e ofertando valores abaixo da referência.
Parte das plantas trabalha com ociosidade elevada (cenário comum em 2016) o que colabora com estoques enxutos e permite a valorização da carne no mercado atacadista.
Com as margens de comercialização mais atraentes, fica agora a expectativa de como os frigoríficos se comportarão em curto prazo.
O aquecimento sazonal da demanda neste fim de ano será fundamental para decidir o rumo do mercado.
Suíno vivo: Semana começa com manutenção de preço no RS
Por Larissa Albuquerque
O preço do suíno vivo no mercado independente do Rio Grande do Sul definiu cotação estável nesta semana, cotado a R$ 3,85/kg, segundo dados da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul). Na cotação agroindustrial média do suíno é de R$ 2,97.
Ao longo da semana outras praças devem definir a referência para os próximos dias e, a tendência é de que a maioria opte por manutenção nas cotações. Conforme explica o Cepea (Centro de Estudo Avançados em Economia Aplicada), “a demanda por carne suína in natura diminuiu ainda mais no final de outubro, o que pressionou as cotações”, declaram os pesquisadores do Centro.
Exportações
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgados nesta segunda (7), na parcial de novembro [três dias úteis], o Brasil exportou 11,7 mil toneladas de carne suína 'in natura', registrando média diária de 3,9 mil toneladas/dia. Esse resultado representa um avanço de 46,2% em relação ao volume de outubro.
No acumulado do ano, os embarques anotam um crescimento de 38,8% (527,3 mil toneladas) na comparação com o ano passado. No saldo cambial o resultado é de US$ 133,1 milhões, 23% superior ao acumulado de janeiro a outubro de 2015.
Frango vivo: Mercado fecha estável, mas atacado registra valorização
Por Larissa Albuquerque
O mercado independente do frango vivo inicia mais uma semana com preços estáveis. Em Minas Gerais a cotação permanece em R$ 3,30/kg, enquanto que em São Paulo o preço de referência completa a décima semana de manutenção em R$ 3,10 o quilo.
No mercado atacadista, porém, o cenário é um pouco mais positivo. Nos últimos sete dias, a carcaça saiu de R$ 4,37/kg para R$ 4,43/kg no mercado paulista. Alta de 1,4% no período.
"A reposição de estoques pelo varejo foi mais intensa nos últimos dias, o que ocasionou as valorizações", explica o levantamento da Scot Consultoria.
Apesar da semana favorável ao consumo, a melhor ainda não foi refletida em preços mais atrativos para as aves vivas. Contudo, a Consultoria não descarta a possibilidade de valorizações do mercado paulista dos próximos dias.
Exportações
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgados nesta segunda (7), na parcial de novembro [três dias úteis], o Brasil exportou 56,4 mil toneladas de carne de frango 'in natura', registrando média diária de 18,8 mil toneladas/dia. Esse resultado representa um avanço de 36% em relação à média de outubro.
No mês passado as exportações caíram 4,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, com o embarque de 314,7 mil toneladas, segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Por meio de nota, o vice-presidente de mercados da entidade, Ricardo Santin, justificou que essa retração foi pontual, provocada por uma concentração de vendas para o mercado asiático no mês anterior.
Em contrapartida, as exportações brasileiras de frango in natura, embutidos e outros alimentos processados neste segmento aumentaram 5% no acumulado de janeiro a outubro comparado a igual período do ano passado, totalizando 3,693 milhões de toneladas.