Preços das carnes não evoluem como esperado devido a fraca demanda no mercado interno

Publicado em 27/10/2016 07:31

Boi Gordo: Mercado firme e ofertas em R$ 152,00/@ ganham força em SP

Por Gustavo Aguiar, zootecnista da Scot Consultoria

Mercado firme. 

Apesar da pressão baixista desde a semana passada, alguns negócios foram efetivados em valores maiores entre ontem e hoje.

Em São Paulo, a referência está estável, mas ganharam força ofertas de compra e negócios em R$152,00/@, à vista.

Alguns frigoríficos possuem escalas mais folgadas, sobretudo os que trabalham com contratos a termo. Contudo, ainda existem empresas com programações mais apertadas e são principalmente estas que sustentam o mercado.

Houve alta no mercado atacadista de carne com osso. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,49/kg.

Conforme se aproxima o último bimestre do ano, cresce a expectativa a respeito da recuperação sazonal da demanda por carne.

Este será o fator crítico para a definição dos rumos da arroba para o curto prazo, já que a oferta não dá sinais de abundância.

Suíno Vivo: Cotações encerram 4ª feira estáveis nas principais praças de comercialização

Por Sandy Quintans

O mercado de suíno vivo permaneceu com preços estáveis nesta quarta-feira (26). As principais praças de comercialização definiram manutenção das cotações no início da semana, diante de demanda enfraquecida no mercado doméstico. Em São Paulo, os negócios ocorrem há dias entre R$ 77 a R$ 79/@ – o mesmo que R$ 4,11 a R$ 4,21 pelo quilo do vivo.

A Scot Consultoria aponta que demanda tem sido responsável pela falta de evolução nos preços, incluindo no atacado. “No mercado atacadista, a demanda está fraca e os preços estão estáveis desde o início de setembro. Pontualmente, o período do mês (segunda quinzena), junto com o forte calor, colabora para este cenário”, explica o boletim.

O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, aponta que o cenário é preocupante, principalmente porque não há expectativas de evolução nos preços no curto prazo. Atualmente, a praça trabalha com cotação em R$ 3,90/kg, com algumas regiões registrando negociações abaixo deste valor.

“Os produtores estão bem desanimados com a situação da suinocultura. Há a possibilidade de uma saída em massa da atividade porque não conseguimos ter margem de lucro para cobrir os custos. Santa Catarina corre o risco de perder suinocultores que produzem carne suína de excelência”, lamenta o presidente.

O cenário é o mesmo observado em outras praças, com cotações estáveis há semanas – apesar da entrada do período em que historicamente há uma evolução nas cotações.  O analista da Safras & Mercado, Allan Maia, explica que a demanda segue abaixo das expectativas, com relatos por parte de frigoríficos.

“Nem mesmo os excelentes números da exportação são suficientes para a retomada do movimento de alta”, comenta.

Frango Vivo: Preços não evoluem com demanda e exportações seguem em ritmo lento

Por Sandy Quintans

Nesta quarta-feira (26), o mercado de frango vivo voltou a fechar o dia com cotações estáveis nas principais praças de comercialização. Portanto, em Minas Gerais a cotação é de R$ 3,30/kg e em São Paulo a R$ 3,10/kg. Com a entrada da última semana, o setor não espera reação de preços e aposta que a virada do mês possa trazer alguma mudança com o período de recebimento de salários.

Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho das exportações é essencial para a formação de preços no mercado doméstico – cenário que não está se concretizando com o desempenho abaixo do esperado nas vendas externas.

“As exportações seguem essenciais na formação dos preços internos, uma vez que quanto maior o volume embarcado, menor a disponibilidade interna”, disse.

Na segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou dados parciais de embarques de carne de frango in natura, que voltou a registrar recuo em outubro. Em 3 semanas, as exportações chegam em 191,1 mil toneladas.

Com média diária de 13,6 mil toneladas há um recuo de 18,9% ao desempenho por dia de setembro e baixa de 3,9 % na comparação ao mesmo período de 2015. Já em receita, os embarques somam US$ 295,0 milhões, com valor por tonelada em US$ 1.543,9.

Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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