Oferta restrita garante altas no boi gordo, enquanto aves e suínos ainda patinam na demanda fraca
Boi Gordo: Mesmo com a demanda por carne enfraquecida, a oferta restrita de boiadas mantém o mercado firme
Por Scot Consultoria
Apesar de segunda-feira ser um dia típico de menor movimentação no mercado do boi gordo, a semana começou com maior firmeza, sendo cada vez mais raras as tentativas de compras abaixo da referência.
Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve valorização para o boi gordo em cinco e queda em duas.
Mesmo com a demanda enfraquecida no mercado atacadista, a oferta restrita de boiadas mantém os estoques enxutos, o que colabora com preços estáveis no atacado.
No mercado atacadista de carne com osso, os preços estão estáveis. O boi casado de bovinos castrados está cotado em R$9,59/kg.
Para o curto prazo a tendência é de mercado firme, porém, o lento escoamento da carne no mercado atacadista pode ser um fator limitante para as valorizações.
Suíno Vivo: RS e SC registram manutenção nas cotações nesta 2ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta segunda-feira (10), o mercado de suíno vivo inicia a semana com preços estáveis nas principais praças de comercialização. Novamente, Santa Catarina e Rio Grande do Sul optaram pela manutenção das cotações para os próximos dias, enquanto as demais regiões ainda não tiveram definição.
Com isso, a referência no estado catarinense é de R$ 3,90/kg. O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, aponta que o mercado não apresentou reação na última semana, com alguns negócios sendo realizados abaixo do valor definido.
“Esperamos ter um padrão melhor de preços, mesmo com as dificuldades da nossa economia. Precisamos de uma melhor remuneração para que possamos ter lucratividade na propriedade e minimizar os custos de produção”, explica.
No Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que a média estadual aos produtores independentes segue em R$ 3,92/kg. Aos suinocultores integrados, o cenário também é de estabilidade, em R$ 2,96/kg.
Para os insumos, a média do estado para a saca de milho de 60 quilos seguiu em R$ 42,50, enquanto que o farelo de soja está em R$ 1.125,00 pela tonelada. Há um ano, a cotação média para o milho era de R$ 30,80 por saca.
O mercado vem tentando a recuperação de preços diante dos altos custos de produção, mas a demanda ainda tem ditado o cenário. Segundo o analista da Safras & Mercado, a negociação na última semana ocorreu de forma lenta, com frigoríficos relatando demanda enfraquecida.
"Reajustes são importantes para amenizar esta situação, até mesmo pelo fato da oferta do milho estar mais restrita nessa semana, com os preços começando a subir em algumas regiões do país", alerta.
Exportações
Por outro lado, os embarques de carne suína in natura iniciaram o mês com desempenho positivo, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em seis dias úteis, foram exportados 15,6 mil toneladas, com média diária de 3,1 mil toneladas.
Sem comparado com o desempenho por dia de setembro, houve acréscimo de 4,2%, enquanto que em relação ao mesmo período do ano passado a alta é de 49,1%. Em receita, chega em US$ 36,11 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.310,7.
Para Losivânio o desempenho das exportações têm sido positivo. “As exportações brasileiras estão boas, mas as indústrias brasileiras não conseguem ter uma boa lucratividade por conta da conversão do dólar por tonelada”, comenta.
Frango Vivo: Cotações iniciam a semana estáveis nas principais praças
Por Sandy Quintans
As cotações para o frango vivo iniciaram a semana com estabilidade nas principais praças de comercialização. Nesta segunda-feira (10), a referência em São Paulo está em R$ 3,10/kg e Minas Gerais em R$ 3,30/kg. Na semana anterior, os preços praticados não registraram mudanças também, apesar do período de maior procura pelas proteínas.
A Scot Consultoria aponta que houve um aquecimento no atacado, com alta de preços e nas vendas também. “Em curto prazo, os avicultores esperam que a melhora nas vendas do frango abatido resultem em aumento nas cotações no mercado do frango vivo”, aponta a consultoria.
O boletim ainda aponta que em relação ao ano passado, houve valorização de 6,9% dos preços nas granjas em São Paulo, apesar da pouca movimentação dos últimos dias. No atacado, a alta é de 10,6% no período.
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, explica que a semana anterior foi de negócios lento, o que acabou frustrando a expectativa do mercado por reajustes positivos. Por outro lado, a tendência é de alta para os próximos dias, mesmo que de forma comedida, em função do recebimento de salários.
Exportações
Para os embarques, os primeiros números de outubro para carne de frango in natura tiveram desempenho inferior ao do mês passado. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), apontam que em 6 dias úteis foram exportados 63,1 mil toneladas.
Com média diária de 12,6 mil toneladas, o desempenho por dia está abaixo ao mês passado – com recuo de 25% – e ao mesmo período de 2015 – caindo 11,1%.
Para Iglesias, o desempenho externo é imprescindível para o escoamento da produção, visto que o cenário doméstico é de demanda mais fraca em função da economia. “Quanto maior for a exportação, menor será a disponibilidade interna”, comenta.