Boi e frango começam outubro com preços firmes; exportações dos granjeiros sobem em setembro

Publicado em 04/10/2016 08:42

Boi Gordo: Oferta restrita mantém mercado firme no curto prazo

Felippe Reis    
Zootecnista
Scot Consultoria

Cenário de alta é verificado para o boi gordo na maioria das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria.

Em Campo Grande-MS houve valorização e a arroba do boi gordo está cotada em R$145,00, à vista. Aumento de 0,7% em relação ao fechamento da semana anterior.

Das trinta e duas praças pesquisadas houve alta em quatro e queda em uma, considerando o boi gordo.

No mercado atacadista de carne com osso, estabilidade nesta segunda-feira. O boi casado de bovinos inteiros e castrados está cotado em R$9,55/kg e R$9,76/kg, respectivamente.

Não é esperado aumento de oferta em curto prazo. Associando isto a uma melhoria esperada para a demanda com o início de mês, devemos observar um mercado firme em curto prazo, com possibilidade de valorizações.

Suíno Vivo: SC, SP e RS definem cotações estáveis nesta 2ª feira; Exportações fecham mês com alta

Nesta segunda-feira (03), as cotações para o suíno vivo iniciaram a semana com estabilidade nas principais praças de comercialização. No Rio Grande do Sul, em São Paulo e em Santa Catarina houve manutenção de preços, enquanto que as demais regiões ainda não definiram referência para os próximos dias. 

Na praça paulista, a bolsa de suínos do estado manteve a referência de negócios entre R$ 77 e R$ 79/@ – assim como na semana anterior. O valor é equivalente a R$ 4,10 e R$ 4,21/kg. 

Em Santa Catarina, a bolsa de suínos optou em manter a cotação em R$ 3,90/kg, após registrar alta de R$ 0,10 na última semana. O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, aponta que as dificuldades econômicas no mercado interno ainda tem impedido alguma melhora no lado da demanda.

Além disto, os custos de produção seguem elevados no estado, devido as altas nos preços dos insumos – para milho e farelo de soja. A média de gastos nas granjas está em R$ 3,80/kg no ano, enquanto que o valor recebido ficou em média R$ 3,43/kg.

Já no Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) fechou em R$ 3,92/kg no valor recebido pelos produtores independentes. Com isso, a média estadual segue estável para os próximos dias. Para os integrados, a cotação também fechou sem alterações, em R$ 2,96/kg.

Para os insumos quase não houve mudança de preços, segundo aponta a pesquisa. Com isso, a média estadual para a saca de milho fechou em R$ 42,50/kg e para o farelo de soja em R$ 1.145,00 pela tonelada. 

Informações da Scot Consultoria apontam que o mercado seguiu sem grandes alterações nos últimos dias e com demanda equilibrada. Além disto, as compras têm sido comedidas, para não acumular estoques. “A expectativa para os próximos dias é que o mercado possa ganhar fôlego, devido ao período de início do mês”, aponta o boletim.

Exportações

Para os embarques, setembro registrou dados positivos para carne suína in natura, segundo aponta o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em 21 dias úteis foram exportados 63,0 mil toneladas.

Com média diária de 3 mil toneladas, houve incremento de 20% em relação ao desempenho do mês passado e 39,6% na comparação com o ano passado. Em receita, os dados apontam para US$ 153,7 milhões, com o valor por tonelada em US$ 2.439,0.

Frango Vivo: Mercado inicia semana com preços firmes; Embarques registram alta em setembro

O mercado de frango vivo inicia a semana com preços estáveis nesta segunda-feira (03). Após encerrar o mês de setembro sem mudanças de preços nas granjas, o setor espera que reajustes ocorram nos próximos dias devido ao aquecimento da demanda na primeira quinzena. Com isso, São Paulo mantém referência em R$ 3,10/kg e Minas Gerais em R$ 3,30/kg.

Segundo informações do analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a oferta tem sido um dos fatores que tem impedido o avanço dos preços no mercado interno. Além disto, ainda há a necessidade de reajustes devido aos altos custos de produção registrados nas granjas.

“Não houve resposta em termos de preço devido ao desajuste na produção, que permanece em patamares bem elevados. Para os meses de outubro a dezembro, tudo indica que poderá ocorrer um movimento de alta nos preços no mercado interno, mas para isso é preciso estabelecer um maior ajuste das ofertas”, ressalta.

Por outro lado, os preços da carne atingiram patamares recordes em São Paulo, segundo aponta o boletim semanal do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Os pesquisadores apontam que os preços elevados da carne bovina tem causado migração de consumo, aliado com dados positivos de exportações.

A Scot Consultoria explica que nas próximas semanas a tendência é de reajustes de preços, apesar dos negócios lentos no final de setembro. “Em curto prazo, a expectativa é de que as vendas apresentem ligeiro incremento, uma vez que no início do mês a população está mais capitalizada”, aponta o boletim.

Exportações

Nesta segunda-feira também foi divulgado os dados de exportações de carne de frango in natura pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em setembro foram embarcados 353,4 mil toneladas, com média diária de 16,8 mil toneladas.

 O número é superior em 17,7% ao registrado em agosto, enquanto que no mesmo período de 2015 houve crescimento de 6,1%. Em receita, os embarques somam US$ 568,4, com valor por tonelada em US$ 1.608,1. O faturamento é superior a setembro do ano passado (9,8%) e a ao mês anterior (16,9%).

 

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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