Demanda não reage como esperado e preços dos suínos e frangos não avançam

Publicado em 23/09/2016 08:01

Boi Gordo: Oferta de animais terminados é enxuta e pagamentos acima da referência são comuns

Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria

O cenário de negócios a preços acima da referência persiste na maior parte do país, o que indica boa probabilidade de continuidade do movimento de alta.

A dificuldade em se avançar com as programações de abate ainda determina o mercado. A oferta de animais terminados é enxuta na maioria das praças pesquisadas.

Em São Paulo, por exemplo, as escalas atendem entre quatro e cinco dias úteis. 

Por outro lado, as recentes altas no mercado atacadista de carne com osso dificultaram um pouco as vendas.

O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$10,18/kg. Houve queda de 0,8% no fechamento de hoje.

Suíno Vivo: Preços cedem em Mato Grosso nesta 5ª feira

Por Sandy Quintans

Nesta quinta-feira (22), as cotações para o suíno vivo tiveram uma nova baixa. Em Mato Grosso, a referência passa de R$ 3,32/kg para R$ 3,25/kg, segundo dados fornecidos pela Acrismat (Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso). Nas demais regiões, o cenário é de estabilidade, após as leves altas registradas em São Paulo e Rio Grande do Sul no início da semana.

Segundo o boletim semanal do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a demanda enfraquecida tem impedido a reação de preços nas principais praças de comercialização. Historicamente, as cotações em setembro começam a subir, devido ao período de abastecimento para as festas de final de ano.

“Neste ano, porém, conforme pesquisadores do Cepea, a demanda interna enfraquecida tem impedido valorizações significativas, mesmo em um contexto de menor oferta”, explicam o boletim do Centro.

Porém, as expectativas são positivas para o setor. Para o presidente da Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, nos próximos três meses deve haver uma melhora, porém os custos de produção ainda são principal preocupação.

“Se compararmos o preço do suíno vivo com o mesmo período do ano passado, nós temos preços melhores ou iguais, o problema está no alto custo de produção devido ao valor do milho. Acredito que os preços devem recuperar mais um pouco nos próximos meses”, aponta Folador em nota divulgada pela APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos).

Por outro lado, a recuperação de preços tem sido lenta, apesar da valorização nesta semana no Rio Grande do Sul. A média estadual subiu apenas R$ 0,02, segundo a pesquisa semanal realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul). Com isso, a cotação fechou em R$ 3,92/kg para os independentes. Já aos integrados, a média foi mantida em R$ 2,96/kg.

Frango Vivo: Cotações voltam a fechar estáveis nesta 5ª feira

Por Sandy Quintans

O mercado de frango vivo fechou o dia com estabilidade nas principais praças de comercialização nesta quinta-feira (22). As cotações seguem sem modificações desde o final de agosto, quando baixas foram registradas refletindo a demanda fraca pela proteína.

Em Minas Gerais, as cotações seguem em R$ 3,30/kg e em São Paulo a R$ 3,10/kg. Apesar do bom nível de preços, os custos de produção trazem a necessidade de reajustes positivos, segundo explica o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Em agosto, o índice de custo de produção realizado pela Embrapa Suínos e Aves – o ICPFrango/Embrapa – teve redução de 2,65% em relação a julho, atingindo 219,28 pontos. Por outro lado, nos últimos 12 meses houve a alta foi de 21,70% e no acumulado do ano, 9,84%. No fator nutrição, apenas em agosto houve redução de 2,84%.

Já para os preços, baixas podem ser registradas nos próximos dias, de acordo com a Scot Consultoria. “Com a proximidade da entrada da segunda quinzena do mês, sazonalmente o consumo cai semana a semana e pode roubar a firmeza do mercado”, aponta.

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Fonte: Notícias Agrícolas + Scot

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